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HU amplia atendimentos a pacientes do SUS já a partir de setembro

hu ufjf fernando priamo
prejuízo com suspensão já supera R$ 1 milhão. Superintendente disse, nessa quinta, que retomada deve acontecer
ainda este ano (Foto: Fernando Priamo)
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A partir de setembro, o Hospital Universitário da UFJF (HU/UFJF) passará a atender mais pacientes oriundos do Sistema Único de Saúde (SUS), em serviços de cirurgias, internação, consultas e exames. A medida faz parte do novo aditivo de contrato firmado entre a Prefeitura de Juiz de Fora e o HU na última semana. O custo é de R$ 29.101.604,32 e tem vigência de 12 meses.

O contrato, com validade até 2021, foi aditivado por 12 meses após a Prefeitura acatar recomendação do Ministério Público Federal (MPF) para que fosse dado prioridade para capacidade instalada do HU, em virtude da Lei 8080/1990. A legislação prevê que o Poder Público priorize a capacidade instalada na rede pública nas contratualizações para rede. Em tese, o hospital passa a ofertar diversos serviços que eram oferecidos anteriormente no Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus (HMTJ).

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A expansão irá utilizar a capacidade ociosa de atendimentos e profissionais que haviam sido contratados para o que seria o Novo Hospital Universitário. Conforme reportagem da Tribuna publicada em março deste ano, cerca de 16 profissionais dos 1.055 concursados haviam sido transferidos para outras unidades da Ebserh em virtude da falta de contratualizações e especialidades que seriam oferecidas pela nova unidade. Além disso, cirurgiões cardiovasculares, cancerologistas clínicos, neonatologistas, radioterapeutas, cardiologista intervencionista concursados corriam risco de transferência diante da ociosidade, uma vez que essas especialidades só seriam oferecidas no Novo HU.

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De acordo com o superintendente do HU, Dimas Augusto Carvalho, boa parte do que poderia ser expandido na capacidade ociosa do hospital foi contratualizado com a Prefeitura. A principal novidade é a expansão de 82% no número de cirurgias oferecidas no local, como ortopedia, cirurgia geral, urologia, cirurgia plástica e ginecologia. Há também expansão de 334% na quantidade de atendimentos fisioterapêuticos, além da abertura do terceiro turno do serviço de hemodiálise, que passará a funcionar até às 21h, realizando mais de 1.800 atendimentos mensais, além de expansão de 31% no número de consultas (ver quadro). “Isso (a contratualização) possibilitou o aumento da expansão de oferta de exames, consultas, processos e internamentos para atender essa nova realidade do hospital para oferecer esse serviço para a população”, garante Dimas.

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Conforme o superintendente, ainda há possibilidade de expansão dos atendimento do hospital com o atual contingente de profissionais concursados. “Atendemos uma demanda do gestor (Prefeitura). Se você me perguntar se posso expandir consultas, eu posso aumentar, posso fazer o terceiro turno de cirurgia, mas neste momento ainda não foi a demanda do gestor”, afirma.

No entanto, apesar da capacidade de aumento, não há possibilidade de que novos profissionais sejam transferidos para um dos 40 hospitais universitários do país que integram a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), gerenciadora do hospital.

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Questionado sobre os concursados que estavam sem meios de trabalhar na especialidade para a qual prestaram concurso, Dimas afirmou que eles atuarão em outras especialidades em que são capacitados. Ainda conforme o superintendente, os 16 profissionais que foram transferidos no início do ano para outras unidades retornarão para Juiz de Fora para cumprimento do novo contrato com a Prefeitura.

Obra do novo HU deve ser retomada neste semestre

Obra, que está sob responsabilidade da UFJF, deve ser retomada em módulos, aproveitando a capacidade já construída do hospital (Foto: Felipe Couri)

Durante a entrevista coletiva, o superintendente do HU, Dimas Augusto, afirmou que a licitação para a retomada das obras em parte da unidade do HU deve sair ainda neste segundo semestre de 2018. Desde 2015, a obra está paralisada. Somente o prejuízo com a suspensão já supera a quantia de R$ 1 milhão.

A obra, que está sob responsabilidade da UFJF, deve ser retomada em módulos, aproveitando a capacidade já construída do hospital. Segundo Dimas, o início será pelos módulos do prédio do Centro de Atenção Psicossocial (Caps), Centro de Referência em Pesquisa, Intervenção e Avaliação em Álcool e outras Drogas (Crepeia) e Ambulatório, ao lado da unidade atual. Conforme levantamento repassado pela UFJF, os prédios possuem cerca de 90% das obras concluídas.

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Ainda de acordo com o superintendente, uma comissão formada por integrantes da UFJF e do HU já estudam a possibilidade de retomada das obras do prédio principal. O projeto está sendo reformulado para que possa se adequar na atual realidade orçamentária da instituição. Uma das principais mudanças será na fachada do prédio, que seria toda revestida de vidro.

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