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Castelinho da Cemig será leiloado com preço inicial de R$ 6,9 milhões

Castelinho da Cemig Felipe Couri
Construída em 1890, a edificação de dois pavimentos é tombada desde janeiro de 1983 (Foto: Felipe Couri)
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O Castelinho da Cemig, localizado na Rua Espírito Santo, nº 467 e nº 485, está sendo leiloado. Aberta no domingo (29), a disputa se encerra no dia 4 de setembro, às 16h. O lance inicial é de R$ 6.973.000,00.

Atualmente, no local, funcionam a agência de atendimento e os setores anexos da Cemig. Todos os equipamentos e as estruturas serão migrados pela empresa para outro imóvel, em até dez meses após a assinatura do contrato de compra e venda. Se a companhia quiser, poderá prorrogar o prazo por mais dois meses, e a empresa compradora só terá a posse do imóvel após essa migração.

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A Cemig informou, à Tribuna, que ainda não há um novo local definido para a transferência. O motivo do leilão não foi informado.

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Leilão do imóvel tombado não gera verba para o município

Construída em 1890, a edificação de dois pavimentos é tombada desde janeiro de 1983, por decreto do então prefeito Mello Reis. O documento cita que as instalações “nos remetem à lembrança de Bernardo Mascarenhas e de seu pioneirismo na produção de energia elétrica em escala, vindo então a impulsionar o desenvolvimento industrial de Juiz de Fora”.

Mas o tombamento só se refere à manutenção da volumetria e das fachadas frontais, laterais e posteriores, não havendo impedimento a modificações dos espaços internos. O decreto observa “a preservação da visibilidade que se tem do conjunto a partir da Praça Antônio Carlos e da Rua Espírito Santo, ou seja, dos dois edifícios emoldurados pela vegetação da encosta em direção à Rua Antônio Dias”.

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Como explica a Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa), em nota enviada à Tribuna, nenhum valor da venda de propriedades particulares, ainda que tombadas pelo Município, é destinado ao Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural (Comppac).

O tombamento também não cria regras especiais para a venda, que segue o processo normal, nem mesmo sendo necessário comunicar aos órgãos públicos com antecedência. A autorização e o acompanhamento do Comppac só serão necessários no caso de alguma obra de restauro ou reforma.

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Dívida com IPTU já passa de R$ 41 mil

Em setembro de 2018, a Companhia Energética de Minas Gerais  registrou na certidão do imóvel o valor de quase R$ 5,5 milhões. Corrigindo para junho de 2024, pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), utilizado para transações imobiliárias, o valor atual seria de cerca de R$ 8,8 milhões.

Já o valor venal total do imóvel, registrado pela Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), é de R$ 3.810.204,31, com o metro quadrado do terreno custando R$ 1.796,70 e o da edificação, R$ 1.584,33. O preço final pelo qual o imóvel for arrematado poderá ser pago à vista ou financiado em até 60 vezes.

O Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) do local, cobrado pela PJF, é de R$ 39.033,60 por ano, dividido em dez parcelas. As cinco primeiras parcelas deste ano estão vencidas e, somando as que ainda estão por vencer, já totalizam um valor a pagar de R$ 41.180,45. Uma das condições para a compra do imóvel pelo leilão é de que o IPTU deste ano deverá ser pago pelo comprador.

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Além disso, os custos de lavratura da escritura, registro, certidão e imposto sobre a transmissão de bens imóveis (ITBI) são de aproximadamente R$ 229.500, que também deverão ser pagos pelo arrematante.

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(Foto: Divulgação)

Cemig leiloa prédios em outras cidades

Além do castelinho em Juiz de Fora, um outro prédio está sendo leiloado pela Cemig em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, e dois em Pirapora, Norte de Minas. O valor inicial do primeiro – onde também funciona uma agência de atendimento da companhia – é de R$ 6,1 milhões, e dos outros dois, aproximadamente R$ 1,4 milhão, cada um.

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