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Parente de criança abusada é indiciado por apagar vídeo

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A Polícia Civil indiciou por fraude processual o parente da criança de 10 anos suspeito de ter apagado o vídeo que mostra a menina sendo abusada sexualmente pelo próprio tio, 35. Parte das imagens capturadas pelo irmão da vítima, 15, foram recuperadas, possibilitando a prisão do suposto estuprador no dia 20, na Zona Leste de Juiz de Fora. O inquérito foi concluído nesta quarta-feira (29). Segundo a delegada responsável pelo caso, Ione Barbosa, a gravação está em segredo de Justiça, e o grau de parentesco do familiar que teria tentado destruir a prova também não pode ser revelado. A pena prevista para o crime, conforme o artigo 347 do Código Penal, é de seis meses a quatro anos.

[Relaciondas_post]Já o tio, foi indiciado por estupro de vulnerável, segundo o artigo 217-A da Lei de Crimes Sexuais, que prevê reclusão de oito a 15 anos para a prática de qualquer ato libidinoso com menor de 14 anos. A delegada da especializada de Atendimento à Mulher lembrou que a pena é agravada em até dois terços por ter ocorrido em continuidade delitiva, já que os abusos teriam começado em janeiro, quando a criança tinha apenas 9 anos, e durado cerca de seis meses. Conforme Ione, o suspeito continua no Ceresp, à disposição da Justiça.

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Irmão “herói”

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O caso do homem que estaria abusando sexualmente de forma contínua da sobrinha, filha da irmã da esposa dele, veio à tona graças ao empenho do irmão da vítima. Após a família não ter acreditado na denúncia dele, o jovem fingiu ter ido para a escola e se escondeu dentro de uma cômoda para gravar com o celular, por uma fresta, o vídeo do suspeito molestando a irmã. “O que chamou a atenção foi a coragem do irmão, que nos ajudou imensamente nesta apuração”, disse a delegada, que classificou o adolescente de “herói”, no dia em que foi cumprido o mandado de prisão preventiva do suspeito, expedido pela Justiça. Além de capturar as imagens, o jovem conseguiu pegar o papel higiênico enrolado com o esperma que o investigado havia dispensado no banheiro.

Embora não tenha ocorrido conjunção carnal, as investigações confirmaram que o tio obrigava a sobrinha a praticar sexo oral. O homem atraía a vítima para sua casa com a promessa de dar R$ 10 para ela ou aproveitava quando a menina estava sozinha na residência, já que a mãe, separada, trabalhava fora, e o irmão ia para a escola. Após o caso ter sido desvendado, a criança precisou receber apoio psicológico.

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Denúncias sobre abusos podem ser feitas para o número 181, do Disque-Denúncia Unificado (DDU), ou na própria Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, que fica na Casa da Mulher – Centro de Referência, na Rua Uruguaiana, 94, no Bairro Jardim Glória. Informações podem ser obtidas pelo telefone 3690-5559.

 

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