A Associação “Amor não tem raça”, cujo foco é o bem-estar animal, completou um ano de funcionamento nesta quinta-feira (29). Neste período de atuação, o projeto conseguiu, de forma gratuita, melhorar a qualidade de vida de cães abandonados e de pets de famílias que se encontram em vulnerabilidade social. Ao todo, a instituição conseguiu pagar 335 castrações, realizar 242 atendimentos veterinários. Além disso, a ONG também promoveu 203 adoções responsáveis. Somado a isso, foi realizado um trabalho de conscientização sobre o tema, com a visita a 17 instituições de ensino, mostrando a 3500 alunos a importância de acolher os animais de forma responsável.
O balanço foi divulgado pela presidente da associação, Miriam Neder. De acordo com ela, a organização só não acolhe mais animais devido à limitação de estrutura. Apesar disso, o espaço passa por reforma para montagem de um ambulatório no local com o intuito de ampliar o atendimento. “Temos um lar temporário que nós chamamos de creche. E lá, mantemos, no máximo, 30 cães. À medida que as doações acontecem, vamos recolhendo outros. A gente não recebe animal que tem tutor. Esses animais que nós temos são os que resgatamos na rua ou retiramos de maus tratos”, explica.
De acordo com Miriam, a associação se mantém financeiramente por meio de recursos oriundos de eventos, doações e sócios contribuintes. Apesar das limitações orçamentárias existentes, ela diz que o sentimento que o trabalho proporciona é positivo. “O sentimento é de que vale a pena. É difícil, um dia estamos chorando, no outro estamos rindo. É problema todo dia, com a dificuldade de não conseguir ajudar a todos que nós gostaríamos. Se fosse possível, iríamos resgatar muitos outros, mas não adianta também acolher e não dar ao animal tudo aquilo que ele precisa e merece. Então, o sentimento é de alegria por aqueles que conseguimos salvar e de tristeza por aquele que nós não conseguimos.”
Projeto
A ONG “Amor não tem raça” busca trazer equilíbrio na população animal, através da diminuição do índice de abandono e maus tratos, para prevenir agravos à saúde pública e ao meio ambiente. Além disso, é realizado um trabalho de construção de uma consciência sobre a responsabilidade de se adotar um animal, promovendo o acolhimento daqueles que se encontram abandonados, e evitando a compra.