Atualizada às 19h27
Juiz de Fora está entre as cidades alvo da operação “Moikano”, deflagrada pela Polícia Federal, na manhã desta terça-feira (30), para combater exploração sexual de crianças e adolescentes. Um homem na cidade, cuja identificação não foi divulgada, é suspeito do crime e foi alvo de dois mandados de busca e apreensão. De acordo com o delegado coordenador da ação em Juiz de Fora, Humberto Brandão, as buscas ocorreram em dois endereços do suspeito: no Centro e no Bairro Teixeiras, na Zona Sul.
“Os dois mandados se referiam à residência e ao local de trabalho dele. Foram apreendidos materiais como computador e diversos CDs”, afirmou o delegado, acrescentando que os objetos foram encaminhados para a perícia. “Só os peritos terão condições de dizer sobre o conteúdo desses materiais, apontando se há material pornográfico infantil ou não. Só depois desse resultado teremos condições de tomar providências a respeito do suspeito”, disse o delegado, informando que o exame pericial não tem prazo para conclusão, já que o trâmite na perícia depende de diversas demandas.
Na capital mineira, foi preso um homem, 42 anos, suspeito de compartilhar, em rede social, arquivos contendo exploração sexual de crianças e adolescentes. Em Minas Gerais, também houve cumprimento de mandados judiciais em Governador Valadares e Varginha. Nesta última, houve a prisão em flagrante de um homem por posse de cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente. Além de Minas, a operação aconteceu em mais 12 estados e no Distrito Federal.
“As investigações demonstraram que o homem (preso na capital) mantinha página em uma famosa rede social, na qual partilhava diversos arquivos envolvendo filmagens e fotografias de conteúdo pedófilo. Esses arquivos eram divulgados para todo o Brasil e para o exterior, formando extensa rede de divulgação de pedofilia, que já está sendo investigada pela Polícia Federal”, informou a assessoria.
Conforme a PF, o preso em Belo Horizonte responderá pelo crime de divulgação de pornografia infantil, podendo cumprir até seis anos de reclusão. O nome da operação, batizada de “Moikano”, faz referência ao apelido usado na rede mundial de computadores por um dos usuários da rede de pedofilia investigada. A partir dos contatos do investigado descobriu-se uma grande rede internacional de compartilhamento de arquivos contendo fotos e vídeos de abuso sexual de adolescentes e, principalmente, de crianças. Foram descobertos 50 suspeitos atuando em território brasileiro e 70 em outros países.
Cerca de 250 policiais federais cumpriram 78 mandados judiciais (50 de busca e apreensão e 28 de prisão preventiva), autorizados pela 1ª Vara Federal de Sorocaba/SP. A PF iniciou a investigação em abril do ano passado, após uma busca domiciliar feita na cidade de Itu (SP).