Após vários imbróglios envolvendo a presença ou não de cobradores no transporte coletivo de Juiz de Fora, diante da introdução da operação de micro-ônibus em diversas linhas da cidade, vídeos que circulam em grupos de WhatsApp e nas redes sociais acusam a ausência dos funcionários em ônibus convencionais, que possuem um assento reservado para essa atividade. Em um dos vídeos, um passageiro que supostamente estaria na linha 727 (Bairro Araújo) denuncia que o veículo em questão estaria sem cobrador, com o motorista realizando a dupla função de conduzir o coletivo e realizar a cobrança aos usuários.
A situação foi confirmada pela assessoria de imprensa do Consórcio Via JF, que afirmou à Tribuna que as operações sem cobradores, inclusive nos ônibus de tamanho convencional, são amparadas por previsão legal no contrato firmando entre os consórcios e a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) em 2016, na época em que foi realizada a licitação do transporte coletivo do município. A medida estaria sendo realizada, portanto, em linhas que possuem menor demanda de passageiros e de pagamentos em dinheiro.
À Tribuna, nesta sexta-feira (30), a PJF informou que o fato citado ocorreu sem o conhecimento da Secretaria de Mobilidade Urbana (SMU), “que irá tomar as medidas necessárias para regularizar a situação o mais rápido possível. A SMU aplicará as penalidades, incluindo multa, previstas para a concessionária por descumprimento do edital.” A reportagem também perguntou ao Sindicato dos Trabalhadores em Transporte e Trânsito (Sinttro) se a situação estaria de acordo com as últimas negociações realizadas entre o sindicato e o Consórcio, e aguarda retorno.