
Manifestantes ligados ao Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Juiz de Fora (Sinserpu-JF) cruzaram os braços e desceram pelo Calçadão da Rua Halfeld durante protesto, na manhã desta quarta-feira (29), contra a “PEC da Reforma Administrativa”. O ato começou em frente à Câmara Municipal, com falas dos trabalhadores sobre a Proposta de Emenda à Constituição 38/2025, em tramitação no Congresso, que “altera normas sobre a Administração Pública brasileira para aperfeiçoar a governança e a gestão pública, promover a transformação digital, impulsionar a profissionalização e extinguir privilégios no serviço público”, segunda a ementa. Os sindicalistas alertam no entanto que, na prática, a PEC ameaça direitos e promove a “destruição” do funcionalismo público.
A manifestação na cidade reuniu dezenas de servidores de diversos setores da Administração municipal e segue a onda de protestos em todo o país, como paralisação das atividades, e a Marcha Nacional do Serviço Público, em Brasília, convocada pela CUT e centrais sindicais. “Oficializou-se a adesão dos servidores públicos municipais de Juiz de Fora ao movimento nacional contra a PEC da Reforma Administrativa, e definiu-se pela ‘mobilização permanente’ de resistência ao projeto”, destacou o Sinserpu.
A convocação para a Assembleia Geral Extraordinária foi assinada pela presidenta do Sinserpu-JF, Deise Medeiros. Ela enfatizou “o perigo que a PEC 38 representa para o funcionalismo público”, colocando em risco conquistas históricas da categoria, ao sucatear os serviços e precarizar as condições de trabalho. “Nós seguiremos na luta, a mobilização não vai parar por aqui, estamos programando novos atos. A categoria deve se manter unida e informada.”
O diretor de Legislação e Assuntos Jurídicos do sindicato, Raphael de Oliveira, questionou “a hipocrisia dos parlamentares”: “Enquanto não abrem mão de privilégios como auxílio-paletó e moradia, querem cortar direitos fundamentais do funcionalismo.”
O diretor de Saúde do Sinserpu-JF, Anderson Luiz Gonçalves “Andinho”, reforçou: “Estamos aqui para salvaguardar direitos já conquistados. Não podemos permitir que retirem o que lutamos tanto para construir”.

