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Problema na compra de medicamento pode comprometer Centro Cirúrgico do HPS

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O Centro Cirúrgico do Hospital de Pronto Socorro (HPS) pode estar ameaçado por falta de anestésicos. A Comissão de Saúde da Câmara Municipal visitou a unidade para verificar a situação de falta de medicamentos. Além do anestésico Propofol, também estão faltando dois antibióticos. “O anestésico é fundamental no trabalho do Centro Cirúrgico. Se a falta continuar, o setor poderá ser fechado”, preocupou-se o presidente da comissão, vereador Wanderson Castelar (PT). “O problema é de compra do medicamento, que não há no estoque. A empresa contratada distribui, mas não é responsável por adquirir. Temos que apurar se a falta é devido a atrasos nas licitações, na entrega pelo fornecedor ou se o medicamento chega quase no prazo do vencimento. Estamos analisando”, explica o vereador José Mansueto Fiorilo (PDT), também integrante da comissão.

A comissão também vistoriou ontem o Departamento de Saúde da Criança e do Adolescente. No local foram identificadas a ausência de três remédios: Clenil A (utilizado no tratamento e prevenção da asma), Prednisolona (indicada no tratamento de doenças endócrinas, reumáticas, alérgicas, entre outras) e Depakene em comprimido (anticonvulsivante). De acordo com Fiorilo, a falta de medicamentos na unidade está sob controle. “O que falta aqui hoje não compromete a assistência.” O vereador Antônio Aguiar (PMDB) relatou que ainda falta instalar na unidade uma máquina de conferência de produtos, acordado com a empresa contratada. Os funcionários alegaram que a distribuição dos remédios melhorou, que todos os pedidos são entregues, mas que, às vezes, não chegam na quantidade solicitada. Nesta sexta-feira (31), a UniHealth irá realizar um treinamento com os servidores do departamento.

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De acordo com com o subsecretário de Gestão, Mariano Miranda, as principais causas de falta no estoque são devido a dificuldade de compra de medicamentos ou de atraso de entrega pelo fornecedor. O subsecretário informou que não há, no Departamento de Saúde da Criança e do Adolescente, o Clenil A de 200mg, mas que o medicamento pode ser substituído pelo de 250mg, adequando a dosagem. O mesmo acontece com o Depakene, que não está disponível em comprimido, mas tem em solução oral. “Não temos realmente o Prednisolona. Estamos aguardando entrega. O fornecedor será notificado, pois está com a entrega atrasada, mas o remédio deve chegar nos próximos dias.”

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Em relação ao HPS, Mariano afirmou que dois antibióticos estão em falta. “Já realizamos a compra e estamos aguardando a entrega. Mas no HPS temos disponível o antibiótico Vancomicina. O anestésico está disponível no Centro Cirúrgico. São poucos, mas dá para abastecer por esses dias. Estamos com dificuldade de compra deste medicamento. Fizemos a primeira licitação, e ninguém participou. Agora vamos realizar a segunda. Também estamos buscando outras formas de adquirir a medicação.”

Segundo a diretora de novos negócios da UniHealth, Mayuli Fonseca, a compra do produto não é responsabilidade da empresa. “Se não tem o medicamento na Uaps (unidade de atenção primária à saúde) é porque não temos no estoque.” Para evitar a falta de remédios, a empresa, com ajuda da assistência farmacêutica da Secretaria de Saúde, tem realizado a substituição dos medicamentos por outros com os mesmos efeitos.

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Cesta básica

Em três meses, a cesta básica do SUS teve uma redução de 22% em sua cobertura. Em julho, a Prefeitura contava com 95% dos 139 remédios cujo fornecimento é obrigatório pelo SUS. Agora, o percentual caiu para 73%. Segundo Mariano, a Prefeitura está com dificuldades financeiras para a compra de todos os medicamentos. “Demoramos para fazer as compras, mas elas foram realizadas. Estamos aguardando as entregas. Também estamos implementando ações tanto financeiras como administrativas para regularizar a situação.”

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