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Cidade Alta volta a ficar sem água no final de semana

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Situação da represa de São Pedro na manhã desta segunda
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Atualizada às 20h30

Parte da Cidade Alta ficou novamente sem água durante o final de semana, o que causou transtornos e preocupações para moradores e comerciantes de bairros como São Pedro, Borboleta, Santos Dumont e os condomínios Alto dos Pinheiros e Neo Residencial. A área atingida é a mesma que recebe água da Represa de São Pedro, que está praticamente seca. Na última semana, ela havia atingido o percentual de apenas 15% da capacidade de armazenamento.

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No condomínio Alto dos Pinheiros, uma moradora que preferiu não se identificar, relatou que o problema ocorreu desde o início da tarde de domingo. “Só consegui falar com a Cesama no domingo à noite. A atendente admitiu que é desabastecimento”. De acordo com ela, a água retornou apenas às 3h30 da madrugada. Já na Rua Euclides Pezarine, no Bairro São Pedro, até a manhã desta segunda-feira (29), não havia água. De acordo com o leitor Rodrigo Heleno o problema ocorre desde sábado.

A situação também está crítica no Residencial Colinas do São Pedro. Uma das moradoras, Jaqueline Constâncio Martins relatou que desde sexta-feira as casas do condomínio estão sem abastecimento. “Fizemos contato com a Cesama, mas não tivemos nenhuma resposta. Eu tenho quatro crianças, não dá para ficar sem água. Nem tenho para onde ir, pois meus parentes enfrentam o mesmo problema em Juiz de Fora”, desabafou Jaqueline. Até a manhã dessa segunda-feira, o fornecimento de água no residencial estava interrompido.

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O Bairro São Pedro sofre com a falta de água desde a última sexta-feira (26). Nesse dia, o transtorno também ocorreu nos bairros Marilândia e Jardim dos Alfineiros. Na ocasião, a Cesama havia afirmado que a falha tinha acontecido por conta da estiagem que causou uma sobrecarga no bombeamento da estação de tratamento de água que atende a represa. Segundo a companhia, a correção já havia sido realizada, e a expectativa era de estabilização durante a madrugada do mesmo dia.

O diretor de Desenvolvimento e Expansão da Cesama, Marcelo Mello do Amaral, explica que o desabastecimento ocorre porque a água transportada dos outros mananciais para a Cidade Alta não está sendo suficiente para suprir a demanda que a Represa de São Pedro atendia. “As equipes estão trabalhando para tentar otimizar o sistema, mas, enquanto isso, poderemos ter falhas pontuais. Trabalhamos com a possibilidade de ter a pior situação possível, que é ficar sem a represa e sem chuvas.”

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Marcelo informou que atualmente saem 60 litros por segundo de água de São Pedro, o que representa a vazão dos córregos que ainda deságuam nela. “Água armazenada mesmo, já não temos.”

Caminhões-pipas

Outra medida anunciada para minimizar os transtornos entra em operação a partir deste terça-feira. A estratégia é utilizar caminhões-pipas para transportar água de João Penido para a estação de tratamento do São Pedro. Esse trabalho deve permanecer por tempo indeterminado. A ideia é que, desta forma, a água chegue a todos os moradores, sem privilegiar uma rua ou um bairro. No entanto, a companhia esclarece que, para atender todas as casas, inclusive aquelas em áreas mais altas, são feitas constantes manobras na rede, e, nesta atividade, pode ocorrer falta de abastecimento pontual em algumas moradias. “O importante é que toda a cidade economize água, principalmente naquela região do São Pedro. O consumo está muito acima do normal, por causa das altas temperaturas e baixa umidade, então é importante que se faça o uso racional do recurso.”

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