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Homem com deficiência é encontrado morto; irmã é presa em Juiz de Fora

Homem com deficiência é encontrado morto e irmã é presa em Juiz de Fora

(Foto: Felipe Couri)

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A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) confirmou a prisão em flagrante de uma jovem de 24 anos pelos crimes de abandono de incapaz com resultado morte e ocultação de cadáver, em Juiz de Fora. A vítima é o irmão dela, um homem de 24 anos, portador de necessidades especiais, encontrado morto no Bairro Ipiranga, na última quinta-feira (28).

Naquela manhã, a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) foi acionada após denúncia de forte odor persistente na residência. Ao chegar ao local, os policiais encontraram o corpo de um jovem em estado avançado de decomposição. O cadáver estava enrolado em um tecido sob uma escada no quintal da casa. 

Segundo testemunhas, o jovem era portador de deficiência física, com dificuldades de locomoção e dependia de cuidados constantes. Ele não era visto há cerca de quatro meses, período em que supostamente estaria sob responsabilidade de familiares. Segundo a PM, a residência onde o corpo foi encontrado apresentava condições insalubres.

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A irmã, responsável legal pelo jovem, alegou ter transferido os cuidados para outro familiar, mas não apresentou comprovação da transferência dos recursos financeiros destinados à assistência. Ela afirmou não ter sentido o odor e nem ter tido conhecimento da presença do corpo em sua propriedade, apesar de ter dormido no local durante a semana. 

A perícia técnica esteve presente e, devido ao estado avançado de decomposição do cadáver, não foi possível identificar lesões externas. O corpo foi levado ao IML pela funerária de plantão. 

Segundo a PM, diante das contradições nos depoimentos, das condições do imóvel e da omissão no cuidado com pessoa incapaz, a responsável legal foi presa em flagrante pelo crime de abandono de incapaz, com todos os seus direitos constitucionais assegurados. As investigações seguem na 1ª Delegacia de Polícia Civil, sob responsabilidade do delegado Luciano Vidal. Segundo ele, as apurações vão esclarecer as circunstâncias da morte e se houve a prática de outros crimes, como homicídio.

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