Nesta quinta-feira, 30 de junho, termina o prazo para realizar o alistamento militar obrigatório para jovens que já completaram ou vão completar 18 anos neste ano. O documento que comprova o alistamento pode ser obtido, presencialmente, na Junta Militar, localizada na sede da Secretaria de Segurança Urbana e Cidadania, na Avenida Sete de Setembro 768, no Bairro Costa Carvalho. O horário é de 8h a 12h e de 13h a 17h. Também é possível marcar o procedimento pela internet, no site alistamento.eb.mil.br.
Confira os documentos necessários para fazer o alistamento
Para se alistar, é preciso apresentar certidão de nascimento ou documento de identidade – no caso de brasileiro naturalizado ou por opção, deve-se apresentar a prova de naturalização ou certidão do termo de opção. Também é preciso levar comprovante de residência ou declaração firmada pelo alistando ou por procurador bastante e uma fotografia 3×4 (recente, de frente e sem retoques).
‘Tive diversos aprendizados lá dentro’, conta jovem que serviu o Exército
Muitos jovens temem ser chamados para o serviço militar e, por isso, não realizam o alistamento militar. Entretanto, o jovem João Gabriel Santos, de 21 anos, contou à Tribuna que passou em todas as etapas e que aprendeu muito.
Ele explica que o serviço militar é dividido em cinco etapas. “A primeira consiste em se alistar. A segunda é a seleção geral de agosto a novembro, em que os jovens realizam exames médicos e passam por uma entrevista. A terceira é a designação para se apresentar em alguma organização militar, atendendo as necessidades das Forças Armadas. E a quarta é a seleção complementar.”
Sendo selecionado, o jovem precisa realizar exames. João Gabriel foi selecionado nesta etapa, e seguiu para a quinta e última, a incorporação, por meio da qual foi incorporado em uma organização militar da ativa. Ele serviu em Juiz de Fora, no Bairro Fábrica, e diz que sua experiência foi muito positiva.
“Achei muito interessante, pois tive diversos aprendizados lá dentro, além do espírito de camaradagem, pois você aprende a ajudar o amigo a superar as missões. A gente passa por uma acampamento análogo ao de uma guerra, aprendendo e vivendo esse momento lá. Ajudou bastante na minha vida profissional e pessoal, até mesmo na comunicação, que é uma área que eu sempre gostei. Não tenho nada a reclamar, foi muito tranquilo o serviço militar lá dentro”.
Apesar de ter gostado muito do serviço militar, João deixou essa carreira para realizar o seu sonho de cursar Jornalismo. “Quando saiu o resultado do vestibular da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), eu estava no serviço militar, mas consegui trancar por um ano. Até pensei na possibilidade de fazer em alguma privada, mas resolvi desistir para fazer o Jornalismo integral na universidade federal”.
Caso tivesse continuado, o jovem poderia ter sido promovido. Ele conta que há diversas oportunidades dentro da carreira militar. “O meu próximo passo seria o engajamento, que aumenta os nossos compromissos dentro da instituição. Além disso, tem o CFC (curso de formação para cabo), que a maioria dos soldados lá dentro pode fazer e ser promovido, e ter uma melhoria na patente. Há também o curso de formação para sargento temporário, o CFST. Todos eles são temporários, ficam lá por oito anos. Por outro lado, por meio de concursos, há a Escola de Sargento das Armas (ESA), e também a Escola Preparatória de Cadetes do Exército (ESPCEX), entre outras instituições militares, onde, após a conclusão do curso, o militar está apto ao serviço”.
O que acontece se o jovem não fizer o alistamento militar
O jovem que completa 18 anos e não faz o alistamento militar na Junta da cidade em que reside ficará em débito com o Serviço Militar e será considerado refratário. Isso significa que ele se recusou a cumprir o serviço militar obrigatório.
Entre as possíveis consequências para o não alistamento estão não poder prestar concurso público, tirar passaporte, ser matriculado em universidade, entre outros.