O ministro de Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, inaugura, nesta terça-feira (30), em Juiz de Fora o Projeto “Sarita-2|#500 voluntários”. O lançamento da captação de pessoas para desenvolvimento de terapia clínica para enfrentamento da Covid-19 acontece às 10h na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Santa Luzia.
O município é o segundo do país a participar da pesquisa, coordenada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Atendendo às condições necessárias, o Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus (HMTJ) foi escolhido pelo ministério e disponibilizou equipe para as ações, iniciadas na semana passada como teste piloto. Os trabalhos deverão se estender por um mês.
Segundo a assessoria do HMTJ, a equipe da UPA atuará na sensibilização e preparo dos voluntários que queiram participar dos testes clínicos, utilizando a substância nitazoxanida, princípio ativo dos antivirais mais conhecidos como Azox ou Annita. O estudo pretende verificar os efeitos do uso precoce da medicação em pacientes de Covid-19 com sintomas gripais. “A substância mostrou eficiência de 94% na inibição de carga viral em células (testes in vitro).” Diante disso, a droga passou a ser vendida apenas com prescrição médica, para evitar a automedicação.
O objetivo final do projeto é avaliar, em determinado período de tempo, desde a procura inicial até o retorno do paciente, a carga viral, assim como os sintomas respiratórios, a taxa de internação hospitalar e os parâmetros inflamatórios em pacientes com Covid-19, após o tratamento com a nitazoxanida, que deverá durar cinco dias e ser comparado com placebo.
O trabalho na UPA de Santa Luzia é coordenado pelo infectologista Marcos Moura. Os voluntários serão informados sobre suas participações e sobre as condições clínicas que se encaixam na pesquisa. “O projeto é um ensaio clínico intervencionista prospectivo randomizado controlado por placebo, duplo-cego, comparando-se nitazoxanida com o placebo em pacientes que apresentem pelo menos dois dos sintomas mais comuns de Covid-19 (febre e/ou tosse seca e/ou fadiga), até o terceiro dia do início da apresentação dos sintomas”, resumiu a assessoria.
Na fase citada, o paciente faz o exame PCR para confirmação da infecção pelo vírus e hemograma. “Uma vez confirmado positivo para Covid-19, ele recebe a medicação para início do tratamento até o terceiro dia da primeira avaliação. O paciente toma a medicação em casa e retorna no quinto dia de tratamento, quando faz nova bateria de exames. Neste prazo, ele tem o suporte assistencial por parte da UPA com orientação e acompanhamento médico.”