Na segunda-feira (28), por volta das 17h30, os moradores do Bairro Esplanada se reuniram em uma manifestação contra a situação do transporte público no local. As principais demandas da comunidade dizem respeito à quantidade de ônibus circulando no bairro e ao tempo que os moradores precisam esperar até conseguirem ter acesso ao transporte. Durante o protesto, a comunidade local ateou fogo em pneus na Rua Walquírio Seixas Faria, e o Corpo de Bombeiros foi acionado ao local para atender à ocorrência, que não fez vítimas.
A manifestação foi organizada de forma independente, mas a presidente da Associação de Moradores do Bairro Esplanada, Maria Eterna da Costa Gomes, conta que a situação é de fato alarmante. Atualmente, apenas dois ônibus atendem ao bairro (das linhas 611 e 612), e há uma linha que oferece parada em outros pontos próximos (636). “É muito pouco, estamos em um bairro grande. Atrapalha a nossa rotina”, diz.
Antes do isolamento social começar, eram seis ônibus que atendiam o Esplanada. Atualmente, a presidente da associação diz que “os moradores ficam cerca de duas horas esperando os ônibus passarem”. Considerando o novo momento da pandemia, a demanda dos moradores é pelo retorno dos ônibus que funcionavam antes.
De acordo com a Secretaria de Mobilidade Urbana (SMU), desde o ano passado vários horários de linhas já foram retomados e estão sendo feitos constantes ajustes nos ônibus que atendem o bairro. A Secretaria informa, no entanto, que no momento “ainda não há viabilidade técnica para retorno de todos os horários da linha 612”. Após a manifestação, a Auto Nossa Senhora da Aparecida (Ansal), empresa do consórcio Via JF que é responsável pela oferta de ônibus na região, marcou uma reunião para quarta-feira (30), às 11h, com a participação da presidente da Associação e outros dois moradores para discutir soluções para a questão.