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Músico de Juiz de Fora morre após ser esfaqueado

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(Foto: Fernando Priamo)

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O músico e policial federal aposentado Américo Vieira Júnior, de 63 anos, faleceu neste domingo (28) após ser esfaqueado no peito. De acordo com informações da Polícia Militar (PM), o homicídio ocorreu no Bairro Jardim do Sol, Zona Sudeste de Juiz de Fora. Sua ex-esposa, 31 anos, a qual manteve um relacionamento até novembro de 2019, foi presa em flagrante. Américo era vocalista da banda Raul Queixas e Mágoas e vinha lutando contra um câncer de próstata.

De acordo com o titular da Delegacia Especializada de Homicídios da Polícia Civil, Rodrigo Rolli, a PM foi acionada ao local do crime após vizinhos ouvirem gritos de pedido de socorro, vindos do interior da residência da vítima. Ao chegar no local, por não haver resposta, foi preciso realizar um arrombamento. Em seguida, os militares encontraram a suspeita ajoelhada na cama, segurando a faca utilizada no crime. “Ela foi detida tentando desferir outros golpes contra a vítima. Foi necessário que policiais militares utilizassem de arma elétrica, não letal, para conter a ação da autora”, explica Rolli.

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Conforme a PM, o Samu foi acionado, entretanto, o óbito foi constatado no local. A autora do homicídio resistiu à contenção pelos militares, sendo que um policial sofreu um corte leve no dedo da mão e precisou de atendimento médico no HPS. A mulher foi presa em flagrante e encaminhada à delegacia de plantão.

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Ameaças

Como explicado pelo delegado da Polícia Civil, há registros policiais anteriores envolvendo o casal, que estava junto desde 2010, mas que teria se separado em novembro de 2019. “Por ser policial, a vítima entregou a arma de fogo para terceiros – colegas policiais – para guardar, já que ele temia contra a própria vida diante da conduta agressiva por parte da autora”, diz Rolli.

Ainda de acordo com o delegado, ao ser questionada no interrogatório policial, a suspeita não demonstrou arrependimento, confessando o crime e, inclusive, que já havia tentado contra a vida do músico anteriormente. “Isso demonstra total desprezo dessa autora para com a vítima. Houve uma vontade desenfreada de querer tirar a vida da vítima, uma pessoa cadeirante e com problemas de saúde, que não tinha como se defender da conduta da autora. Há toda uma demonstração disso pelo histórico de convivência da vítima com a autora. Inclusive, acabou sendo uma tragédia anunciada”, explica Rolli.

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O laudo de necropsia, que irá apontar quantas facadas a autora desferiu contra a vítima, e o laudo de levantamento de local estão em elaboração. Após reunir os documentos, a Polícia Civil irá encaminhá-los para o poder judiciário. “Ela vai responder por homicídio duplamente qualificado. A justiça deve fazer audiência de custódia nos próximos dias”, pontua o delegado de Homicídios.

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