Uma aposentada de 79 anos foi encontrada morta dentro do apartamento onde morava, na manhã de terça-feira (28), no Bairro Santa Cruz, Zona Norte de Juiz de Fora. De acordo com informações da Polícia Militar, a suspeita é que Ivone Pinto tenha sido assassinada mediante esganadura ou sufocamento durante latrocínio (roubo seguido de morte). Parentes contaram que a mulher estava recentemente com cerca de R$ 2 mil, e a quantia teria desaparecido. O crime foi descoberto após o irmão da vítima, um advogado de 69 anos, ficar preocupado por não conseguir contato com ela desde domingo e decidir ir até a casa dela, na Rua Maria da Conceição Marinho.
Ao chegar ao local, o homem sentiu um forte odor, já do lado de fora, e conseguiu entrar pela porta da sala. Ivone estava sentada sem vida no sofá, com um lençol sobre o corpo. Havia muito sangue no chão, e o cadáver estava em avançado estado de decomposição. O irmão disse aos policiais que não encontrou as chaves do imóvel, embora o mesmo estivesse trancado. Além disso, deu falta da bolsa da vítima e percebeu que o cofre onde ela guardava algumas moedas estava quebrado.
O parente acrescentou que, dias antes, a aposentada foi até seu escritório, com cerca de R$ 2 mil na bolsa. Na oportunidade, o advogado a repreendeu, para que não andasse com aquele valor todo sozinha, devido à sua idade. O último encontro teria acontecido cinco dias antes de ela ser encontrada morta.
Gritos
Uma vizinha de Ivone, 77, contou ter escutado ela chegar em casa, por volta das 18h do último sábado, na companhia de um homem. Cerca de uma hora depois, ela ouviu a mulher gritar, como se estivesse sendo sufocada, enquanto batia os pés no chão. A vizinha olhou pela porta de vidro e chegou a ver um rapaz sentado no sofá próximo à aposentada. Ela não soube reconhecê-lo, mas teria dito, segundo a polícia, que o homem que deixou o local, por volta das 20h, se parecia com um familiar da idosa, de 30 anos, que tinha costume de frequentar o imóvel.
Diante das informações, a PM seguiu até a casa do suspeito, no mesmo bairro. Ele confirmou ter ido até o apartamento de Ivone na sexta-feira, permanecendo no local das 19h às 20h30, mas alegou ter saído com amigos no sábado à noite. Já a mãe dele, 59, contou aos militares que o filho havia saído de casa na tarde de sábado e só retornado na segunda-feira à noite e que não seria costume dele dormir fora de casa.
A Perícia da Polícia Civil realizou os levantamentos no local, apontando indícios de morte por esganadura ou sufocamento. Devido ao estado avançado de decomposição da vítima, no entanto, não foi possível precisar o meio do assassinato. O corpo foi encaminhado para necropsia no Instituto Médico Legal (IML), e o exame deverá apontar a causa do óbito. O caso é investigado pela Polícia Civil.