Em mais um dia de oitivas do caso Matheus Goldoni, o delegado de Homicídios, Rodrigo Rolli, afirmou que teve nesta sexta-feira (28) o “depoimento mais esclarecedor até o momento e que traz fortes indícios para a conclusão da investigação”. Segundo ele, as declarações foram feitas por um taxista que presenciou todo o trajeto do jovem, 18 anos, até a mata onde seu corpo foi localizado 56 horas depois de sumir. Dois flanelinhas e uma pessoa que estava nas imediações também foram ouvidos e, conforme Rolli, os depoimentos deles se complementam e contradizem ainda mais o que disseram os seguranças. “As pessoas ouvidas hoje não têm qualquer vínculo com o Privilège ou com a família de Matheus, o que torna o que falaram ainda mais importante”, pontuou.
Para Rolli, a partir das declarações de hoje, foi possível visualizar de forma bem mais clara o que aconteceu do lado de fora da boate. “O que está obscuro ainda é o que ocorreu dentro da mata. Na próxima semana, vou ouvir cerca de dez pessoas, que surgiram durante as últimas oitivas. Após isso, começam as acareações”, disse. Segundo ele, os novos quesitos pedidos à perícia, que pretendem esclarecer as lesões internas no corpo de Matheus, ainda estão sendo levantados pelo Instituto Médico Legal (IML). O titular da especializada voltou a afirmar que não descarta nenhuma hipótese para a morte e que só deve chegar a esta conclusão quando o inquérito estiver concluído. “Já consegui juntar um conjunto probatário forte”, finalizou.