Uma mulher, de 34 anos, foi detida pela Polícia Militar por agredir uma estudante, 12, na última terça-feira (25), na praça do Bairro Bandeirantes, Zona Nordeste de Juiz de Fora. A vítima contou aos militares que estava com alguns colegas, quando disse à mulher: “Não tenho mais problemas com sua filha”. Ainda segundo ela, sem motivos, a mulher partiu para cima dela, arranhando seu pescoço, e também teria tentado lhe dar um chute, do qual conseguiu desviar. Em seguida, o marido da agressora teria retirado a esposa do local e a levado para casa.
Ainda segundo o registro policial, a suspeita alegou que sua filha, 14, estudante da mesma escola municipal, estaria sofrendo bullying e que já havia procurado a direção da instituição de ensino para relatar o caso. Na tarde em questão, após o término das aulas, a mulher disse que estava na Praça Arthur Bernardes e que a garota de 12 anos teria ido em sua direção “com a intenção de lhe agredir”. Ela justificou que, “para se defender, agarrou a aluna pela camisa”. A mulher acrescentou ter sofrido um arranhão no braço. As envolvidas dispensaram atendimento médico.
A PM foi acionada pela diretora da escola, a qual relatou que uma estudante havia sido agredida pela mãe de outra. Os policiais localizaram a suspeita, que recebeu voz de prisão pelo crime de lesão corporal, sendo encaminhada ao plantão da Delegacia de Santa Terezinha para os procedimentos cabíveis.
Sobre o fato, a Polícia Civil informou que foi encaminhado para a Delegacia de Plantão, onde a autoridade policial realizou um termo circunstanciado de ocorrência (TCO), sendo os envolvidos ouvidos, e o caso remetido para a Justiça. Por meio de nota, a Secretaria de Educação da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) se manifestou sobre a agressão sofrida pela estudante de colégio municipal: “Embora o caso não tenha ocorrido dentro da escola, a Secretaria de Educação vai acompanhar e prestar suporte, tanto às crianças, quanto às famílias.”
“Foi muito doloroso”, diz mãe de aluna agredida
Em entrevista à Tribuna nesta sexta-feira, a mãe da estudante agredida, 47, disse ter sido avisada sobre o episódio pela própria diretora da escola, que já havia acionado a PM. “Foi horrível. Quando cheguei, minha filha estava dentro da viatura com a diretora, chorando muito. Ela abriu a porta e me mostrou o pescoço arranhado. Dali fomos para a delegacia, e ela fez exame de corpo delito.”
Segundo a mãe, a questão que teria causado desconforto entre as adolescentes seria relacionada a apelidos. Conforme ela, por conta disso, a outra já havia sido trocada de sala. A mãe contou que, desde a agressão, a filha está com medo de ir às aulas. “Na quarta ela não foi, na quinta, disse que alguns debocharam dela e outros não. Hoje (sexta), também não quis ir.”
A mulher destacou ter recebido todo apoio da direção escolar. “Foi muito doloroso, eu sendo mãe, saber que outra mãe agrediu a minha filha. É uma coisa que não tem nem explicação, é triste demais, é uma covardia. Quero que ela responda pelo que fez, para que não faça isso com outra criança.”