Um caminhoneiro de 49 anos foi preso em flagrante por suspeita de ter molestado sexualmente a própria neta, de 1 ano e 9 meses. O caso foi registrado na manhã deste domingo (27), na Zona Norte de Juiz de Fora, após a avó da menina e esposa do suspeito, 50, ter desconfiado do comportamento da criança e do próprio marido. Ele teria ficado olhando para a neta, enquanto mantinha relação sexual com a mulher. Ao verificar possíveis marcas na vítima, a avó percebeu que a vagina dela apresentava alguns ferimentos, como arranhões. A mulher decidiu levar a neta até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Norte, sendo constatado edema na região genital. A PM foi acionada.
Quando militares chegaram na casa para averiguar a denúncia, o suspeito logo se defendeu, afirmando que não havia feito qualquer coisa com a menina, mas, conforme a PM, os policiais não haviam dito, ainda, o motivo de estarem na residência. O homem recebeu voz de prisão e foi levado para a 1ª Delegacia Regional, em Santa Terezinha. De acordo com a assessoria de comunicação da Polícia Civil, ele teve o flagrante confirmado por estupro de vulnerável, conforme o artigo 217-A da Lei de Crimes Sexuais, que prevê pena de oito a 15 anos de reclusão para quem mantiver qualquer tipo de relação sexual com menor de 14 anos.
15 minutos
Segundo o relato da avó à PM, o abuso teria ocorrido em um intervalo de 15 minutos, período em que ela havia saído de casa, por volta das 20h30 de sábado, e ido até a residência de uma vizinha para buscar um xarope infantil. Ao retornar, ela encontrou a criança com a fralda um pouco solta, inquieta e buscando incessantemente o seu colo. A mulher preparou uma mamadeira para a menina, mas ela teria consumido apenas um pouco do alimento, reforçando a desconfiança de que algo errado teria acontecido.
Já na cama, a vítima teria chorado e ficado nervosa ao ver a avó se aproximar do marido. A mulher teria feito a criança dormir e, posteriormente, quando matinha relação sexual com o marido, suspeitou do fato de ele ter ficado olhando constantemente para a menina.
Na manhã seguinte, a avó decidiu verificar a situação, porque a neta continuava com comportamento estranho e havia reclamado que estava “dodói”, cruzando as perninhas. A avó afirmou à PM que a genitália da vítima estava “enrugada”, ferida com um arranhão e ainda tinha “um cheiro característico de seu marido”. Antes da saída da mulher para a UPA, o homem teria ficado inquieto, sendo surpreendido pela chegada da polícia momentos depois. Ele está no Ceresp, à disposição da Justiça, e o caso será investigado pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher.
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A ocorrência foi registrada menos de duas semanas depois de um pai ter sido preso por suspeita de abusar da própria filha, de 14 anos. No dia 16, a Polícia Civil conseguiu cumprir a prisão do carpinteiro, 38. A mãe da adolescente, uma diarista, 32, também afirmou sofrer violência doméstica. Na época, a delegada Ione Barbosa informou que a maioria dos abusos acontecem dentro de casa ou envolvem familiares, chegando a 70% das ocorrências.