Ícone do site Tribuna de Minas

Acautelados continuam com greve de fome em penitenciárias

Acautelados continuam com greve de fome em penitenciárias foto reprodução
manifestacao familiares presos jf reproducao
Familiares dos acautelados mantiveram manifestações até o fim da noite dessa quinta-feira (Foto: Reprodução)
PUBLICIDADE

As manifestações em frente às penitenciárias Ariosvaldo Campos Pires e Professor José Edson Cavalieri (Pjec), localizadas no Bairro Linhares, Zona Leste de Juiz de Fora, tiveram uma pausa na noite dessa quinta-feira (27), quando os familiares deixaram o local junto às comissões de Direitos Humanos da OAB e da Câmara Municipal. De acordo com o familiar de um dos acautelados, no entanto, a greve de fome continua por parte dos presos e já dura mais de 48 horas.

A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) confirmou a transferência de presos do complexo penitenciário, mas detalhes sobre nomes dos acautelados removidos e as razões não foram repassados. Frente a isso, os familiares dos presos relataram à comissão da OAB que a falta de informação sobre os transferidos vem causando preocupação. Em nota, a Sejusp informou que esse tipo de atividade faz parte da rotina de gestão prisional. O número de presos remanejados não foi repassado por “razões de segurança”, segundo a assessoria da Sejusp. Segundo o familiar ouvido pela reportagem, seriam cerca de 30 pessoas transferidas.

A Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da 4ª Subsecção da OAB de Juiz de Fora entrou em contato com o secretário de segurança pública de Minas Gerais, Rogério Greco, para expor a situação e buscar soluções. De acordo com Cristina Guerra, da Comissão de Direitos Humanos da OAB, a situação é crítica dentro das penitenciárias da cidade. “Sempre foi superlotado e sempre houve carências. Mas agora chegou a um ponto insustentável. Nós, como advogados, temos que fazer cumprir a Constituição federal”, afirmou.

PUBLICIDADE

Três sacolas

Dentre as reivindicações que Cristina considera que seriam de simples resolução está a inserção de uma terceira sacola durante as visitas, para colocar itens de higiene. A Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Câmara Municipal também considerou o atendimento a essa reivindicação como ponto pacífico entre as entidades de direitos humanos e a direção da penitenciária.

“Que sejam permitidas três sacolas com os itens de complementação que são entregues pelas famílias na portaria ao invés de duas sacolas, a partir do fato de que não há restrição legal no número de sacolas”, defendeu a comissão legislativa por meio de nota enviada à reportagem. Outra demanda citada pelo órgão é a garantia da visita social das 8h às 17h e alteração da resolução que diminui o tempo para 4 horas. “O atendimento das demandas acima é fundamental para que possamos garantir a oitiva concreta das entidades de luta pela garantia dos Direitos Humanos da população carcerária de Juiz de Fora”, finaliza a nota.

PUBLICIDADE
Sair da versão mobile