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Suspeita de matar grávida para roubar bebê é indiciada

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A Polícia Civil concluiu o inquérito que apurava o desaparecimento e morte da grávida Patrícia Xavier da Silva, de 21 anos, que teve seu bebê roubado, em Ponte Nova, no fim do mês de junho. De acordo com informações da assessoria de comunicação da Polícia Civil, as investigações apontaram que a suspeita, uma doméstica de 33 anos, tirou a criança do ventre da vítima quando ela ainda estava viva. Além disto, a polícia afirmou que a mulher agiu sozinha. Ela foi indiciada pelos crimes de homicídio, qualificado por motivo torpe, meio cruel e dissimulação; ocultação de cadáver; dar parto alheio como próprio; e subtração de incapaz. Somadas as penas, a suspeita pode pegar até 45 anos de prisão.

De acordo com informações da Polícia Civil, o laudo pericial apontou que um pedaço de madeira pontiagudo enfiado na garganta de Patrícia foi o que provocou a morte da grávida por asfixia. Em seguida a suspeita teria dado início ao processo de retirada da criança do útero da mulher. Para desvendar os detalhes do assassinato, os policiais usaram dois bonecos do curso de medicina de uma faculdade da cidade que simulavam uma mulher grávida e um modelo de útero com um bebê. A polícia fez a reconstituição do crime e concluiu que procedimento de retirada da criança durou cerca de 20 minutos.

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De posse da imagens de diversas câmeras ao longo do percurso feito pelas duas, os investigadores conseguiram refazer os passos da dupla e provar que a suspeita agiu sozinha. Um homem, 48, estava preso por suspeita de participação nos crimes, será liberado. Eles identificaram, ainda, junto à empresa responsável pelo transporte coletivo da cidade, que Patrícia utilizou o cartão de vale-transporte do companheiro ao entrar em um ônibus em direção ao bairro Vale Verde. Testemunhas informaram à polícia que viram a grávida em companhia de uma mulher baixa, obesa e de cabelos crespos, que, segundo o inquérito, era a suspeita.

Barbaridade
No dia 30 de junho, uma equipe do Corpo de Bombeiros localizou o corpo de Patrícia na lavanderia de um hospital desativado. O cadáver estava com as mãos e pés amarrados, a boca amordaçada, uma lesão no pescoço e uma incisão no abdômen semelhante a uma cirurgia cesariana, sem a criança. Ela estava desaparecida desde o dia 26 de junho. A vítima foi atraída até o local pela doméstica, que usou como isca a desculpa de que iria dar à grávida enxoval para o bebê.

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No dia do desaparecimento, a suspeita foi socorrida pelos Bombeiros depois de supostamente ter tido um parto natural em casa. Ela ficou internada por dois dias em um hospital de Ponte Nova.  Após o descobrimento do corpo, a mulher deu entrada novamente no hospital, em decorrência de uma crise de hipertensão. Ao passar por exames, a equipe médica constatou que ela não apresentava sinais de gravidez recente, fato que foi reportado à Polícia Civil.

De imediato, a criança foi retirada da guarda da suspeita e do esposo, ficando sob responsabilidade do Conselho Tutelar. Na delegacia, ainda no dia 30, a doméstica confessou os crimes, alegando que simulou a gravidez para o marido, que queria ter um filho com ela. Agora, o filho de Patrícia está sob a guarda dos avós maternos. A suspeita está detida desde o dia que o corpo foi encontrado.

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