A Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Juiz de Fora começou a escoltar motoristas de caminhão que alegam estar sendo forçados a manter seus caminhões parados durante a greve, que entra no oitavo dia nesta segunda-feira (28). Apesar de já terem liberado o acostamento da BR-040, desde domingo, os caminhoneiros se mantêm mobilizados em um pátio e em uma cooperativa às margens da estrada, na altura do Distrito Industrial, Zona Norte de Juiz de Fora. Pouco antes de meio-dia, oito caminhões já haviam deixado o local com a ajuda da PRF. A maioria desses motoristas era de Juiz de Fora e foram para casa. Policiais rodoviários informaram ter recebido ligações de motoristas pedindo ajuda. A PRF informou que vai multar os caminhões que estiverem atrapalhando a passagem de quem queira sair.
Um motorista de uma cidade da região que transporta mercadorias para açougues revelou à Tribuna que ficou quatro dias parado em Juiz de Fora. “Tem quatro dias que já estou aqui. Eles estavam me impedindo de sair. Vou ficar sofrendo até quando, sendo que moro tão perto e poderia estar esperando em casa?”, desabafou, após receber apoio dos policiais rodoviários federais para deixar o grupo.
Também em entrevista à Tribuna, o caminhoneiro Samuel Paulino, que tem respondido pelo movimento grevista, negou que motoristas tenham sido impedidos de sair. “Quem está aqui, está porque quer. Não estamos prendendo ninguém. A gente só pede apoio, porque, se todo mundo for embora, não tem apoio. E a hora de manifestar é agora.”
Conforme Samuel, a mobilização será mantida, mesmo após o segundo acordo feito entre o Governo federal e os representantes de caminhoneiros, anunciado neste domingo (27) pelo presidente Michel Temer. “O Governo não está fazendo acordo com ninguém. O que ele (Temer) falou lá ontem é só mesmo um paliativo. A gente quer que ele retire o imposto do combustível (álcool, gasolina e o óleo diesel).”