
Atualizada às 18h05
Depois de mais de 15 horas sem transporte coletivo urbano, os ônibus começam a circular pelas ruas de Juiz de Fora. Por volta das 15h30, alguns coletivos começaram a deixar a garagem da viação Santa Luzia, no Bandeirantes, e da São Francisco, no Santa Lúcia. Com o fim do protesto nas ruas centrais, a retomada do serviço era esperada.
Na Tusmil, localizada no São Pedro, os ônibus só começaram a circular uma hora após a retomada em outras empresas. Conforme o comandante da 99ª Companhia da PM, capitão Erick Leal Lopes, os policiais militares acompanharam a mobilização na empresa desde 22h de quinta. Ele disse que a retomada do serviço, por volta das 16h30 desta sexta, foi tranquila e não houve resistência. Cobradores e motoristas tiveram dificuldades para chegar até a sede da empresa, na Avenida Senhor dos Passos, pela falta de condução, mas a empresa teria buscados os profissionais em suas residências. Por meio de uma funcionária do setor de tráfego, a empresa disse que não vai dar declarações, mas informou que todos os funcionários estão empenhados para a normalização dos serviços, uma vez que cerca de 120 carros da Tusmil começaram a circular.
Nas últimas horas da manifestação desta sexta, a tensão começou a aumentar nas garagens. O policiamento foi reforçado, mas o Sindicato dos Trabalhadores no Transporte Coletivo Urbano (Sinttro) afirmou que não impediria a saída dos coletivos, caso os trabalhadores quisessem voltar a trabalhar. Nas garagens, os supervisores chamavam motoristas e trocadores que estavam do lado de fora para assumirem seus postos e retomarem o serviço.
No fim da manhã desta sexta-feira (28), os Consórcios Integrados do Transporte Urbano de Juiz de Fora (Cinturb) informaram que iriam ajuizar medida judicial contra o Sinttro e seus diretores. De acordo com a assessoria de imprensa dos consórcios, eles serão responsabilizados cível e criminalmente em razão do movimento grevista.
O presidente do Sinttro, Vagner Evangelista, afirmou que não foi notificado sobre a ação e afirmou que, assim que a entidade for citada, fará a defesa. “É um direito nosso a greve geral. É um direito de todos os trabalhadores.” Sobre a reunião no Ministério do Trabalho, o posicionamento é que não foi possível o comparecimento, por conta do movimento.
Segundo o Cinturb, as viações conseguiram colocar os ônibus nas ruas. Em alguns casos, houve reforço para atender o horário de pico. A estimativa é que mais de 90% da frota está nas ruas.
A Secretaria de Transporte e Trânsito informou que com o retorno da circulação do transporte coletivo fica suspensa a liberação de circulação de táxis pela pista central da Rio Branco e dos demais veículos pelas as faixas exclusivas das Avenidas Brasil, Coronel Vidal, Getúlio Vargas e Francisco Bernardino.