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Carro arrastado para dentro do Paraibuna é resgatado

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Carro foi içado do Rio Paraibuna, próximo à ponte na altura da Rua Benjamin Constant (Foto: Fernando Priamo)
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Familiares de Silvia Fátima do Nascimento, 41 anos, desaparecida desde o dia 24, quando seu carro foi arrastado pelas chuvas para dentro do Córrego do Yung, na altura do Bairro Bom Jardim, acompanharam com apreensão o trabalho de retirada da carcaça do veículo das águas do Rio Paraibuna. A expectativa era que o corpo dela estivesse dentro do Corsa 1997 que ficou completamente destruído e encalhado em um banco de areia na altura da ponte da Rua Benjamin Constant. Duas empresas de auto-socorro se mobilizaram na ação que contou com a supervisão do Corpo de Bombeiros. Sensibilizados com a tragédia, os proprietários ofereceram gratuitamente um caminhão munck e um guincho de plataforma para a realização da remoção. O momento mais dramático do resgate, realizado no início da tarde desta quinta-feira (27), aconteceu quando o automóvel foi içado por um braço de aço. Uma parente da vítima começou a gritar dizendo que Silvia estava dentro do carro, causando forte comoção na família e nos populares que acompanharam com curiosidade toda a movimentação.

Uma nova vistoria no carro foi, então, realizada pelos bombeiros, que já haviam cortado a lataria do Corsa na madrugada do dia 25. Nenhum documento ou pertence foi encontrado no interior do veículo coberto de lama e vegetação. O corpo de Silvia também não estava no interior do carro. “A minha esperança era que ela estivesse aí”, disse emocionada Silmara do Nascimento, 35 anos, irmã de Silvia. Antes de os bombeiros confirmarem que o carro estava vazio, Silmara foi consolada por parentes. “A gente pediu tanto a Deus para mostrar onde ela estava. Se ela estiver lá dentro, pelo menos vai ter um descanso”, dizia.

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Silvia do Nascimento foi arrastada com o carro para dentro do Córrego do Yung (Foto: Reprodução)

Após ser içado do Paraibuna, o Corsa de Silvia foi levado para uma oficina no Bairro Vila Alpina, onde seria lavado. A intenção é identificar o chassi do veículo para que seja dado baixa no sistema do Estado. Segundo o tenente do Corpo de Bombeiros que comandou os trabalhos no leito do rio, Eduardo Procópio Loures Araújo, as buscas continuam e se estendem para além da Usina de Marmelos. Pelo menos seis homens da corporação se revezam diariamente na procura.

Sensibilizado com o drama da família, Márcio Davi Fernandes, um dos responsáveis pelo Girafão Auto-Socorro, disse que disponibilizaram o serviço da empresa para ajudar os parentes de Silvia, que vivem o drama da falta de notícias. “Ajudar não custa nada”, disse antes de coordenar a colocação do veículo no guincho de plataforma

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Conforme a Tribuna divulgou nesta quarta-feira (26), Silvia voltava da comunidade terapêutica Vida Viva Juiz de Fora, localizada em Grama, onde era voluntária. Silvia tentava chegar em casa, na Rua Doutor Eurico Viana, na Vila Alpina, quando começou a enxurrada. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o veículo sendo arrastado pela água. Pessoas que estão ao redor gritam e dizem para a pessoa que está no carro, que seria Silvia, sair.

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