A Arquidiocese de Juiz de Fora recebeu da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais a cessão de uso da Capela Santa Terezinha. A administração será feita em regime de comodato, acordado durante cem anos. Segundo o pároco da Igreja de Santa Terezinha, Heveraldo José Sales Borges, o projeto de restauração do local já está em andamento e precisa ser aprovado pelo departamento de patrimônio da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF). “Essa concessão é de grande importância, principalmente para as pessoas que moram no entorno da Capela. Muitas tiveram seus filhos batizados e casamentos, o valor afetivo é imenso. Agora nós queremos recuperar também o valor pastoral.” A capela será sede de celebrações de missa, momentos de orações e exercício da catequese, e, por isso, estará aberta mais frequentemente.
A igreja, localizada próximo ao complexo do 2º Batalhão da Polícia Militar, no Bairro Santa Terezinha, foi construída na década de 1920 e tombada como patrimônio histórico-cultural do município em 1999. Em 2011, a igreja foi fechada definitivamente devido a problemas estruturais que permanecem até hoje. Segundo o pároco, os principais desafios na restauração serão o telhado e a limpeza do local, já que há infestação de pombos. A recuperação será tanto interna como externa: “O projeto prevê também uma praça em volta da capela. Para isso, vamos pedir o fechamento das ruas do entorno permanentemente, pois a grande movimentação de veículos interfere diretamente na estrutura, que é antiga e exige cuidados.”
Para a arrecadação de recursos será necessária uma parceria entre iniciativas privadas, o Estado, a PJF, a comunidade e a Igreja. “O dinheiro para execução das obras deverá vir do encontro de mãos solidárias que desejam se unir e ajudar na reforma desse patrimônio cultural sacro”.
Em janeiro do próximo ano, uma comissão nomeada pelo arcebispo metropolitano Dom Gil Antônio Moreira deverá se reunir para decidir sobre as próximas ações voltadas para a capela e planejar o uso mais rápido possível do local, que deve começar até fevereiro. “A ideia é usar para restaurar e não restaurar para usar”, encerra Heveraldo José.