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Moção de repúdio contra campanha

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Em proposição de autoria do vereador Oliveira Tresse (PSC), que levou a assinatura de outros parlamentares, a Câmara aprovou, na manhã desta sexta-feira (27), uma moção de repúdio contra a campanha “Libera meu xixi”, colocada em prática pela UFJF na última quarta-feira, com o intuito de combater a “transfobia” em espaços públicos. Com a ação, a instituição federal estampou nas entradas dos banheiros da Reitoria cartazes com os dizeres “Aqui você é livre para usar o banheiro correspondente ao gênero com que se identifica”, objetivando sensibilizar as pessoas e combater o preconceito contra os transgêneros. A intenção é afirmar que existe um respeito à diversidade na universidade e fomentar o uso dos sanitários de acordo com a identidade de gênero dos usuários. Jucelio Maria (PSB) e Roberto Cupolillo (Betão, PT) foram os únicos a manifestar voto contrário à moção de repúdio.

Segundo o texto redigido pelo gabinete de Oliveira Tresse, a campanha da UFJF não respeita a cultura local e prejudica, principalmente, as mulheres, que, no entendimento do parlamentar, ficariam sujeitas a constrangimentos e violência de “pessoas mal-intencionadas”. Apesar de reconhecer o fato de que a gestão da instituição federal extrapola a competência do Legislativo municipal, o vereador lamentou o fato de a ação ter sido tomada de “forma vertical, sem uma discussão com a sociedade”.

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Defendendo a necessidade de debates acerca do tema, o vereador Betão chegou a pedir avulso do dispositivo, o que levaria a votação da moção para a próxima terça-feira, em discussão no plenário. Favoráveis à moção, Ana Rossignoli (PDT), Chico Evangelista (PROS), José Emanuel (PSC), José Fiorilo (PDT) e Léo de Oliveira (PMN) se manifestaram pela manutenção da votação, e o pedido acabou derrubado pela maioria dos parlamentares. Um dia antes, André Mariano (PMDB) já havia discursado contrário à ação da UFJF.

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Jucelio chegou a sugerir que os vereadores que assinaram a moção se manifestassem de outra maneira, na forma de representação, para evitar o entendimento de que o repúdio partia da Câmara, de forma conjunta. “A representação vai no nome dos vereadores que assinarem e não em nome da Casa.” Diante da manutenção e da aprovação do dispositivo, o vereador solicitou que a Mesa Diretora evidenciasse os votos contrário dele e de Betão ao documento. “A moção está escrita em primeira pessoa. Reflete a opinião do autor. Gostaria que constasse no documento que será enviado à UFJF com os votos contrários.” Presidente da Câmara, Rodrigo Mattos (PSDB) ressaltou que, regimentalmente, o pedido não poderia ser atendido, mas sinalizou que encaminharia junto à moção uma ata da votação desta sexta-feira.

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