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Greve de terceirizados da saúde é dada como certa

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A greve dos trabalhadores terceirizados em unidades de saúde de Juiz de Fora está a um passo de ser aprovada. As três assembleias, que reuniram mais de 200 profissionais entre ontem e a manhã desta quinta-feira (27), terminaram com decisão favorável à deflagração do movimento. Na noite de hoje, será realizado o último encontro da categoria. De acordo com o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Juiz de Fora (Serv-Saúde), a iniciativa de fazer a deliberação em quatro turnos se deu para que o maior número de pessoas pudesse participar da decisão, que irá afetar cerca de três mil trabalhadores em nove unidades de saúde.

Caso a greve seja confirmada, técnicos de enfermagem, funcionários de copa, cozinha, lavanderia e outros profissionais terceirizados irão cruzar os braços, a partir do dia 10 de novembro, no Hospital Maternidade Therezinha de Jesus (HMTJ), na Associação Feminina de Prevenção e Combate ao Câncer de Juiz de Fora (Ascomcer), no Hospital Ana Nery, no Instituto Oncológico – Hospital 9 de Julho, no Hospital Dr. João Felício, no HTO e nas Upas Santa Luzia, Norte e São Pedro. “Só os técnicos em enfermagem representam quase 80% da mão de obra”, explica o presidente do Serv-Saúde, Anderson Stehling.

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Na avaliação dele, a deflagração do movimento é dada como certa. “Os trabalhadores estão compartilhando da mesma opinião. Não há avanços da negociação com a classe patronal.” Esta semana, o sindicato enviou um comunicado ao prefeito Bruno Siqueira e à Secretaria de Saúde para informar a situação. “Pedimos que as autoridades intercedam junto a estas empresas, pois a realidade da saúde afeta todos os cidadãos.”

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Stehling adianta que durante o movimento será respeitada a escala mínima de trabalho prevista em lei. Mesmo assim, ele acredita que o atendimento ao público será bastante afetado. “A demanda que estes estabelecimentos não conseguirem atender será absorvida por outras unidades da rede.” A categoria reivindica reajuste de 9,28%, justificado como reposição inflacionária, e a manutenção de cláusulas do acordo anterior, como jornada de trabalho e pagamento de adicional noturno e insalubridade. A negociação salarial é feita diretamente com a direção dos hospitais. No caso das Upas, a de Santa Luzia é administrada pelo HMTJ, e as demais pelo HTO.

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