Dois homens foram presos pela Polícia Civil de Juiz de Fora por suspeita de participarem de um esquema de venda de carros roubados e furtados. Até agora, duas vítimas que compraram os veículos sem saber que eram produto de roubo já foram identificadas. Conforme a polícia, os estelionatários recebiam os carros, clonavam a placa de outro veículo, falsificavam documentos e repassavam a terceiros como se fossem carros regularizados.
Um dos suspeitos, de 27 anos, foi preso nesta segunda-feira (26), em sua casa no Bairro Granbery, região central de Juiz de Fora. Com ele foram encontrados um Honda CRV, roubado em Vila Velha (ES), e um New Fiesta, roubado em Vitória (ES). A Delegacia Antidrogas desmantelou o esquema após iniciar uma investigação por suspeita de envolvimento do rapaz com o tráfico de drogas, uma vez que a movimentação na casa dele era intensa e o suspeito era visto com carros novos. Não foi encontrada evidência do envolvimento com o tráfico, mas a polícia acabou descobrindo o esquema de venda de carros roubados.
Na casa no Granbery foram encontradas dezenas de Certificados de Registro e Licenciamento do Veículo (CRLV) falsificados de forma grosseira. No computador do homem havia, ainda, outros espelhos de documentos falsificados. Conforme a Polícia Civil, a impressão era feita na própria casa. Os policiais também encontraram atestado médico falso, o que ainda será investigado.
Duas vítimas de Matias Barbosa foram identificadas até agora. Uma delas comprou uma Volkswagen Saveiro sem saber que o carro era produto de roubo. Um Renault Sandero, comprado por uma outra pessoa, está tendo sua origem investigada. As vítimas contaram aos investigadores que o suspeito ainda não havia entregado a documentação dos veículos.
Nesta terça, em Lima Duarte, os policiais prenderam um outro suspeito, 41, natural de Andrelândia. Conforme os investigadores, ele repassava os carros roubados ao homem de Juiz de Fora. As investigações agora querem esclarecer como o suspeito preso nesta terça conseguia os veículos. Os dois homens presos devem responder por estelionato, falsificação de documentos e adulteração de sinal identificador de veículo automotor, podendo ainda responder por receptação.