Uma semana após a viagem frustrada de Juiz de Fora a Cabo Frio (RJ), a agência de turismo responsável se manifestou nas redes sociais, garantindo o reembolso aos cerca de dez clientes que haviam planejado passar o último fim de semana na Região dos Lagos. Entre eles estão duas crianças, de 4 e 6 anos, que iriam conhecer uma praia pela primeira vez, junto com os pais.
Na noite do dia 20, o grupo ficou duas horas esperando pelo transporte na Praça do Riachuelo, sem receber qualquer satisfação. Nesta sexta-feira (27), a empresa, contra a qual há outras queixas, também suspendeu todos os próximos passeios marcados. A 7ª Delegacia de Polícia Civil investiga o possível crime de estelionato, cuja ação penal é pública e condicionada à representação das vítimas. Desta forma, “todo cidadão lesado deve procurar a delegacia de polícia mais próxima de sua residência, munido das provas e/ou documentos que poderão subsidiar a investigação”.
Além de “pedir desculpas a todos os clientes por todo transtorno”, a representante da agência afirma não ter ocorrido “má-fé, e sim, falta de estrutura administrativa para lidar com as adversidades no momento da crise”: “A falta de comunicação se deu por motivos de também ser algo totalmente novo vivido pela empresa”. A firma atribui a crise financeira à “falta de gestão e planejamento”. Ainda no comunicado, a agência de turismo afirma estar “trabalhando para que todos os clientes envolvidos sejam reembolsados o quanto antes” e salienta que “as próximas viagens estão suspensas para que a empresa possa se reestruturar”.
A responsável acrescenta que a assessoria jurídica contratada entrará em contato com os passageiros da viagem frustrada a Cabo Frio e, posteriormente, com os envolvidos de todos os passeios que iriam ser feitos a outros destinos. “Ressalto que nenhum cliente ficará sem atendimento para os devidos esclarecimentos.”
Outras queixas, além do passeio a Cabo Frio
Após a repercussão da viagem frustrada a Cabo Frio nas redes sociais, um grupo no WhatsApp reuniu quase 25 pessoas com queixas referentes à mesma empresa, que afirma ter experiência de dez anos, em seu perfil no Instagram. Além do boletim de ocorrência registrado pelas vítimas do passeio à Região dos Lagos, um advogado de Santos Dumont entrou diretamente no Juizado Especial Criminal após a mesma agência não ter cumprido a viagem combinada neste mês ao Rock in Rio.
Já uma jornalista, 27, teve uma experiência malsucedida na Semana Santa, em março, quando, segundo ela, a maioria do grupo de 15 pessoas teve que voltar de um resort em Angra dos Reis, no estado fluminense, porque a reserva não teria sido feita. Ela conseguiu se hospedar com o namorado porque, além dos R$ 4 mil pagos antecipadamente, o casal investiu mais R$ 6 mil. Todo o dinheiro, entretanto, foi ressarcido na semana seguinte, conforme ela.