Ícone do site Tribuna de Minas

Monte Sinai realiza primeiras coletas de células-tronco em Juiz de Fora

câncer
celulas tronco Monte Sinai 1
(Foto: Divulgação/Monte Sinai)
PUBLICIDADE

Sob a perspectiva de promover melhor qualidade de vida às pessoas por meio de novas formas de tratamento, o Hospital Monte Sinai inaugurou recentemente o primeiro centro de coleta de células-tronco de Minas Gerais, após uma preparação de mais de seis meses. Na tarde desta quarta-feira (27), foram realizadas as primeiras duas coletas de células-tronco. Ambas foram em adultos, pelo céu da boca. Com isso, a Medicina Regenerativa passa a ter também o Monte Sinai como referência de atuação nesta área da ciência, que dá suporte a pesquisas e procedimentos da terapia celular avançada, em franco desenvolvimento em todo o mundo.

O centro nasce de uma parceria do hospital com R-Crio – Centro de Processamento Celular -especializado em isolamento, expansão e armazenamento de células-tronco mesenquimais em condições de uso para tratamentos de saúde, sediado em Campinas-SP, e com a Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (Anadem).

PUBLICIDADE

Conforme o cientista José Ricardo Muniz Ferreira, líder da R-Crio, o emprego correto das técnicas de extração e armazenamento garante a qualidade e a multiplicação do material. “O melhor momento de se coletar é agora. A célula de hoje tem qualidade superior à de amanhã”, afirma.

PUBLICIDADE

O responsável pela articulação da parceria é o diretor de Novos Negócios do Hospital Monte Sinai, Gustavo Ramalho. “Este remédio está dentro de nós. Basta sabermos onde coletar, como explorar e utilizar para que seja uma solução para tratamento de doenças degenerativas, que tanto nos afligem assim como problemas de saúde, hoje, sem cura.”

A tecnologia

Como explica o Monte Sinai, as células-tronco mesenquimais coletadas possuem capacidade para reparar e reconstruir tecidos sólidos do corpo humano. Diferente das células-tronco hematopoiéticas – de origem sanguínea e restritas ao uso em doenças relacionadas ao sangue -, como do cordão umbilical ou extraídas para procedimentos hemoterápicos, elas podem ser obtidas do dente de leite, do palato – céu da boca – ou da gordura. Além disso, têm grande potencial de multiplicação e de se transformarem em qualquer célula do corpo humano.

PUBLICIDADE

A instituição ainda esclarece que as células-tronco são coletadas por dentistas treinados, em ambiente controlado, das células de dente de leite ou do céu da boca. Depois disso, são transportadas, em condições adequadas, para Campinas, no Laboratório da R-Crio. Lá, serão isoladas do material original, cultivadas e multiplicadas, além de submetidas a uma série de testes de qualidade para garantir seu uso futuro em humanos. Também em Campinas, elas são armazenadas em nitrogênio líquido (criopreservadas), onde o metabolismo é paralisado até que possam ser utilizadas.

Foi divulgado que a R-Crio patenteou todo o ciclo, desde a coleta ao teste das técnicas em desenvolvimento, por ser um centro de tecnologia celular especializado e voltado à ciência. A Anadem contribui com o apoio no processo mercadológico da comercialização. Já o Monte Sinai entra na parceria como um Centro de Terapia Celular, completando a cadeia.

PUBLICIDADE
Sair da versão mobile