A próxima segunda-feira (29) é o Dia Mundial do Coração, órgão responsável pelo maior número de mortes no mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). As doenças cardiovasculares provocam 17,3 milhões de óbitos anualmente, sendo que 80% estão concentrados em países de média e baixa renda. No Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, são mais de 300 mil mortes por ano decorrentes de doenças cardíacas. O último estudo com números de Juiz de Fora é de 2006 e mostrou que 50% das causas de morte naturais estavam relacionadas a problemas com o coração.
O levantamento foi feito pelo chefe do serviço de cardiologia do Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (HU/UFJF) e professor da Faculdade de Medicina da instituição, Hélio Brito, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde. As estatísticas de óbitos na cidade foram comparadas com dados coletados nos Estados Unidos. “Embora haja uma grande diferença entre o padrão de vida de juiz-foranos e norte-americanos, o resultado mostra uma preocupação comum: as doenças do coração aqui na cidade matam tanto quanto lá. Para se ter a dimensão da gravidade, as mortes causadas por doenças do coração foram três vezes mais frequentes do que mortes por câncer de pulmão ou doença vascular cerebral, e dez vezes mais comuns do que mortes por câncer de mama ou Aids. Algumas mulheres se preocupam tanto com o câncer de mama e desconhecem que o coração pode matar até dez vezes mais.”
De acordo com o especialista, pessoas com histórico de doenças cardiovasculares na família, como hipertensão, diabetes e colesterol alto, devem fazer o controle com o cardiologista mesmo antes de chegar à fase adulta. Há ainda o alerta para quem vai iniciar uma atividade física, independente da faixa etária, fazer um check-up de seu coração. Mesmo não detectando problema aparente, a periodicidade da ida ao médico deve ser de um ano.