A investigação que apurou a morte do advogado Geraldo Magela Baessa Ríspoli, de 72 anos, foi concluída nesta quarta-feira (26). De acordo com a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), responsável pelo caso, o suspeito, de 35 anos, foi indiciado por homicídio com dolo eventual.
Conduzida pela 5ª Delegacia de Polícia, a investigação conclui que o suspeito assumiu o risco do resultado, o que levou ao seu indiciamento por dolo eventual com a qualificadora de motivo fútil, já que a vítima apenas tentou apartar uma briga – sem sequer conhecer o agressor. O suspeito também foi indiciado por vias de fato em relação a outra vítima e por resistência.
O relatório enviado ao Judiciário esclarece que a causa da morte do advogado foram dois socos desferidos pelo suspeito. “O segundo golpe, desferido no rosto do idoso, aconteceu, segundo os envolvidos, quando a vítima já não esboçava qualquer reação, caindo ao solo de forma direta, sem chance de proteção e ocasionando traumatismo na região occipital”, revelou o delegado responsável pelo caso, Márcio Savino, em nota encaminhada à imprensa.
Relembre o caso
Geraldo Magela Baessa Ríspoli morreu ao tentar separar uma briga entre dois indivíduos na noite do dia 17 de junho, no Bairro Manoel Honório, na Zona Leste de Juiz de Fora. A Polícia Militar (PM) relatou que, em meio aos ânimos exaltados, o idoso procurou intervir, momento em que foi atingido por um soco e caiu, já desacordado. Na queda, ele teria batido a cabeça com força no chão e perdido muito sangue.
No dia do crime, o autor foi preso em flagrante e a ocorrência registrada como lesão corporal seguida de morte, além de ameaça e resistência. Não havia sido qualificado como homicídio.
A Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil em Juiz de Fora (OAB/JF) publicou uma nota de pesar ainda no mesmo dia do crime, manifestando a indignação com o ocorrido e qualificando o caso como de gravíssima violência perpetrada contra um advogado.