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Agente que disparou dentro de boate em JF está na Nelson Hungria

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O agente penitenciário de 25 anos suspeito de disparar o tiro que feriu uma jovem, 22, dentro de uma boate de Juiz de Fora, no fim de maio, está acautelado no Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem, na região Metropolitana de Belo Horizonte. A Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap) ainda não instaurou processo administrativo, porque aguarda a conclusão do inquérito, aberto pela Polícia Civil, para avaliar possíveis sanções no âmbito administrativo, mesmo o servidor não estando em horário de trabalho no momento do fato. O delegado Armando Avolio Neto está à frente do caso, mas a assessoria da instituição informou que ele está em treinamento policial nesta quarta-feira (27), não sendo possível verificar o andamento das investigações.

O agente envolvido era lotado no Ceresp de Juiz de Fora e, segundo a Seap, foi transferido para a Nelson Hungria no último dia 19. Antes disso, ele esteve internado sob escolta em hospitais da cidade, inclusive na ala psiquiátrica do HPS. Após o crime, ocorrido no dia 31 de maio dentro da Boate Pub’s, no Bairro Aeroporto, Cidade Alta, o atirador foi detido por seguranças da boate até receber voz de prisão em flagrante por parte da PM.

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O caso foi registrado como tentativa de homicídio. Câmeras de segurança do estabelecimento flagraram um tumulto generalizado por volta das 3h30, mostrando a jovem ferida sendo carregada no colo para ser socorrida. Ela foi alvejada na virilha, por um tiro não direcionado a ela, e levada pelo Samu para o Hospital Monte Sinai, onde foi medicada.

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O alvo dos disparos seria um rapaz, 22. Na ocasião, ele disse aos militares que estava com amigos na casa noturna, quando o agente penitenciário se aproximou da namorada de um de seus colegas. Ele teria pedido ao servidor público para cessar a investida, mas a insistência teria dado início a uma discussão. O agente teria sacado a arma da cintura, apontado na direção do jovem e atirado, atingindo a mulher, que nada teria a ver com a confusão.

Já a noiva do agente penitenciário, 25, apresentou outra versão dos fatos aos policiais. Segundo ela, um homem não identificado teria se aproximado deles dizendo que o agente teria “passado a mão em sua namorada”. Os dois teriam começado a se empurrar, ela ouviu um estampido e viu várias pessoas segurando e agredindo seu noivo.

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A mulher acrescentou que o seu companheiro fazia uso de remédios controlados e estaria afastado de algumas funções no serviço. Outro agente, 31, reforçou que o colega não poderia estar armado, porque estava “passando por um reajustamento funcional após perícia compulsória”.

A informação foi confirmada pela Seap à Tribuna quatro dias depois do crime. Devido ao processo, o envolvido não podia realizar funções nas quais tivesse que lidar diretamente com detentos ou armamentos. Ainda segundo a Seap, o homem estava atuando na área administrativa e tinha perdido o porte de arma. No momento dos disparos, ele estaria portando um armamento particular. A pistola calibre 380 foi apreendida.

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Na época, o advogado da boate considerou o caso como “uma fatalidade, totalmente fora do controle da empresa”, e garantiu assistência à jovem ferida.

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