Mais um preso foi encontrado morto na Penitenciária Ariosvaldo Campos Pires, situada no Bairro Linhares, Zona Leste de Juiz de Fora. A situação foi identificada na manhã deste sábado (27) por policiais penais, quando um detento de 24 anos foi encontrado, já sem vida, na cela de triagem de um dos pavilhões. “O detento estava com uma corda artesanal, conhecida como ‘tereza’, amarrada ao pescoço”, confirmou a Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp-MG) do Governo de Minas Gerais, em nota encaminhada à reportagem.
Ainda de acordo com a Sejusp, “as circunstâncias da morte ainda estão sendo apuradas”. “O Samu foi acionado e está no local para os trâmites cabíveis. A unidade lavrará o boletim de ocorrência e abrirá um procedimento interno para apurar administrativamente o ocorrido. A perícia da Polícia Civil também será acionada após o atestado de óbito”, reforçou a nota do Governo de Minas.
Este é o sétimo caso de mortes de presos registradas dentro da Penitenciária em 2023. Em matéria publicada na última terça-feira, a Tribuna destacou outro caso de um detento encontrado morto na unidade, registrado na última segunda-feira. Na ocasião, o Estado informou que investigações internas apuram administrativamente outros seis casos de óbito de presos da mesma unidade prisional registrados neste ano.
No registro da última segunda-feira, o homem, de 35 anos, faleceu após um período de 15 dias de internação hospitalar, devido a uma sepse pulmonar advinda de deficiência imunológica adquirida (HIV). Sobre os casos anteriores, a Sejusp disse que as apurações ainda não foram concluídas.
Um deles aconteceu no dia 5 deste mês, quando um detento, de 25 anos, faleceu na Penitenciária após passar mal. Policiais penais foram acionados por colegas de cela, e a vítima imediatamente foi retirada, porém já sem os sinais vitais. No dia 13 de abril, outro preso, de 41 anos, havia sido encontrado morto em uma cela, suspenso por uma corda no pescoço, em caso similar ao ocorrido neste sábado.
Na ocasião, o boletim de ocorrência caracterizou o episódio como “autoextermínio” e informou que no cômodo estavam outros 37 presidiários. A Sejusp não detalhou as circunstâncias das demais mortes. Outro caso em investigação é a tentativa de homicídio a tiro ocorrida em 28 de abril, no interior da unidade prisional, onde um acautelado, 39, foi baleado na perna por outro preso, 28, autuado em flagrante. Ainda não foi divulgado como uma arma de fogo foi parar nas mãos de um detento.
“As investigações internas que apuram administrativamente outros seis casos de óbito de presos da unidade prisional registrados neste ano e, também, o episódio da arma de fogo que estava sob porte de um detento na penitenciária, estão em andamento. As investigações criminais são de responsabilidade da Polícia Civil”, informou a Sejusp à Tribuna, no início da semana.