Uma mulher foi presa em flagrante pela Polícia Militar em uma agência bancária, na Avenida Getúlio Vargas, no Centro de Juiz de Fora, após tentar aplicar um golpe contra um aposentado de 62 anos. O caso foi registrado no fim da manhã desta quinta-feira (27).
Ela foi abordada pela PM enquanto estava na fila, juntamente com a vítima, para tentar conseguir um empréstimo. O caso foi descoberto porque o genro do aposentado desconfiou da situação e acionou a polícia. De acordo com o boletim de ocorrência, a mulher se passava por representante de uma empresa financeira, com sede na cidade de Nova Iguaçu (RJ). Ela teria entrado em contato com o idoso por telefone e combinado que compareceria na residência dele, a fim de acompanhá-lo ao banco, para que ele recebesse uma restituição.
Segundo o documento policial, a mulher esteve na casa da vítima em um veículo de cor vermelha, que era conduzido por um homem. Havia, ainda, uma segunda mulher no automóvel. O trio se propôs a levar o aposentado até a agência bancária, no Centro, para que ele pudesse receber tal restituição.
Interceptação
Toda a fraude estava em andamento até que a PM interceptou a suspeita e a vítima na fila do banco. Após ser abordada, a mulher relatou aos policiais que veio do Rio de Janeiro para prestar assistência especializada ao idoso, que teria efetuado contato telefônico com a empresa dela para agendar o acompanhamento. Todavia, conforme a PM, ela não soube explicar qual serviço, especificamente, estava prestando ao idoso. A vítima contradisse a suspeita, afirmando que não tinha efetuado o contato telefônico, mas, sim, tinha recebido a ligação de uma mulher, informando que ele teria direito a uma quantia em dinheiro referente à restituição de juros abusivos.
O idoso relatou também que os suspeitos chegaram a levá-lo a uma agência bancária, no Bairro São Pedro, Cidade Alta, para efetuar um empréstimo e que só depois teria acesso à restituição. Contudo, a gerente disse que não havia nenhuma restituição a ser feita. Em seguida, conforme relatou o aposentado, ele foi conduzido pelo trio ao banco, na Avenida Getúlio Vargas, onde exigiram que ele tentasse fazer um empréstimo no maior valor possível.
Segundo o registro policial, a mulher não possuía documentos ou dados que comprovassem que ela prestava serviços para alguma instituição financeira. Ela também não soube informar o paradeiro dos outros comparsas. Disse apenas que a responsável pela empresa seria uma outra mulher. Por telefone, a PM fez contato com a suposta responsável pela empresa, mas ela não informou dados que comprovassem a autenticidade da instituição.
Diante dos fatos, a suspeita recebeu voz de prisão em flagrante por estelionato e foi conduzida à delegacia.