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UFJF aponta que curva de casos em JF ainda sobe, e isolamento está em queda

coronavirus
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Dados do terceiro boletim semanal concluído pelo grupo de modelagem epidemiológica da Covid-19, formado por pesquisadores da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), apontam que o isolamento continua caindo, enquanto a curva de casos de coronavírus em Juiz de Fora segue subindo.

De acordo com o boletim, a incidência diária de casos suspeitos se comporta em termos constantes desde 5 de maio, mas a ocorrência diária de casos confirmados segue aumentando, apesar de o ritmo de crescimento estar diminuindo. O primeiro documento, divulgado no dia 12 deste mês, apresentava taxa de crescimento de 8% casos ao dia. No segundo, de 19 de maio, o índice havia caído para 4,2%. No atual levantamento, a taxa de crescimento é de 3,8% – diferença não detectável estatisticamente, segundo os pesquisadores.

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Conforme a UFJF, os dados coletados pelo boletim referem-se à semana passada, com informações atualizadas até a última segunda-feira (25). “Houve uma queda no número médio de casos de uma semana para a outra, mas, ainda assim, a curva continua em ascensão na mesma taxa, seguindo a mesma tendência de crescimento. Ainda não é possível fazer uma relação causal, e o ideal é esperarmos a próxima semana para observar se este cenário se confirma”, destacou Fernando Colugnati, um dos autores do documento, por meio da assessoria da UFJF.

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“É importante ressaltar que a epidemia sempre acontece em ciclos. Quando olhamos uma cidade do porte de Juiz de Fora, cujos bairros são heterogêneos, muitas vezes vemos pequenos picos na epidemia em locais que apresentaram pequenos surtos. Mas o vírus continua ativo e espalhando-se na cidade. Provavelmente, o que veremos aqui serão pequenas ondas ao longo do tempo”, avaliou Colugnati.

Distanciamento menor

Conforme a análise, o isolamento social continua em queda desde 15 de abril até o dia 25 de maio. Em contraponto, observa-se o crescimento das confirmações diárias da Covid-19. O boletim utiliza indicador de isolamento social dado pelo uso de telefones celulares, que notifica o percentual de aparelhos que ficaram dentro das casas dos proprietários. De acordo com Fernando Colugnati, o indicador vem sendo usado nas grande capitais como monitoramento, e é fornecido, de forma agregada, pelas empresas de telefonia. “Sabemos o percentual de aparelhos que não deixaram o domicílio naquele dia, baseado nos dados de GPS. Usamos apenas os valores fornecidos à PJF, e disponibilizados em um painel de controle ao nosso grupo. Vamos tentar também a demanda de transporte coletivo e dados do Google Trânsito”, esclareceu.

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