Atualizada às 19h26
Uma idosa de 63 anos foi vítima de sequestro relâmpago, quando retornava para o trabalho, na Avenida Itamar Franco, na região central. Ela foi abordada por dois homens desconhecidos, que a levaram para dentro de um carro, e foi obrigada a sacar mais de R$ 6 mil. Ela ficou mais de três horas sob o poder dos bandidos. O crime foi registrado pela Polícia Militar, no início da tarde de terça-feira (26), como roubo consumado com restrição de liberdade da vítima. De acordo com o boletim policial, a mulher relatou que voltava para o serviço, quando um homem lhe pediu informação. Ao prestar as explicações, um segundo desconhecido surgiu e ordenou que ela os seguisse, pois queriam dinheiro e, caso a vítima não colaborasse, algo ruim poderia acontecer.
Assustada, ela passou a seguir as ordens dos suspeitos. Em determinado momento, exigiram dela o valor de R$ 50 mil, para que nada de mal acontecesse. A idosa alegou que não tinha esta quantia à disposição, mas teria R$ 10 mil depositado em conta bancária. Ela foi colocada em um veículo de cor preta, tipo sedan, de quatro portas, e levada até uma agência. Dentro do carro, os homens disseram para ela não esboçar reação, pois estavam armados e tentariam contra a sua vida. Na primeira agência bancária, a mulher sacou R$ 1.365. Posteriormente, se deslocaram para uma segunda, da mesma rede, onde ela retirou mais R$ 5 mil. Todos os estabelecimentos percorridos foram no Centro.
A vítima também relatou que, dentro das agências, um dos bandidos permaneceu sempre ao lado dela. Conforme a PM, a gerente de um dos estabelecimentos bancários confirmou as transações efetuadas pela mulher. Após ficar com o dinheiro, a dupla fugiu tomando rumo ignorado e não foi localizada. A investigação do caso ficará a cargo da Polícia Civil.
Vítima ficou traumatizada
Em entrevista a Tribuna, a vítima relatou que viveu momentos de tensão na companhia dos dois homens. “Foram quase três horas. Eles rodaram comigo por várias ruas. A cada esquina que passávamos, eles diziam que havia alguém do grupo deles fazendo monitoramento. Parece que não são de Juiz de Fora. Eles agiram como profissionais. Estavam bem vestidos e não levantam suspeitas”, disse a senhora, na manhã desta quarta-feira, relatando que ainda estava muito assustada e sentia dor de cabeça.
Ela contou que um deles chegou agindo naturalmente e pediu uma informação e enquanto ela explicava, observou a aproximação do outro, que chegou e disse: “Vem comigo, não fala nada”. Segundo a vítima, enquanto eles caminhavam, um dos suspeitos foi buscar o carro. “Fiquei muito atordoada, não me lembro direito do veículo. Sei que era um desses modelos mais modernos, de cor preta. Depois de entrar no carro, a todo o momento, eles garantiam que estavam armados, apesar de eu não ver o revólver”, afirmou a vítima.
“O que mais pensei quando estava sob o poder deles foi em perder minha vida, minha família. Estou traumatizada”, disse a idosa, que é mãe de cinco filhos e nesta quarta não foi trabalhar na lavanderia da família, no Bairro São Mateus, porque ainda estava amedrontada. “Hoje, os dias estão perigosos. Então, meu conselho é não parar com pessoas desconhecidas. A gente nunca sabe qual a intenção delas e se alarmar, pode deixar a situação mais grave.”