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Paciente teve indisposição e não ebola

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O paciente que deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Norte, no último sábado (25), com suspeita de ebola, teve indisposição e mal estar, segundo o Departamento de Vigilância em Saúde. Na manhã desta segunda-feira (27), a Secretaria de Saúde informou que o paciente estava sendo medicado contra a malária, mas esta hipótese também foi descartada. O brasileiro, de 56 anos, não precisou ser encaminhado ao Hospital Regional João Penido e encontra-se em casa, com quadro estável de saúde.

Após ser descartada a suspeita de ebola, ainda no sábado, o paciente, que havia fugido da unidade, retornou à UPA à noite para passar por novo atendimento. O médico epidemiologista que o examinou nesse segundo momento, Marcos Moura, contou que o paciente não apresentava nenhum sintoma da doença e o seu histórico não tinha vínculo com possível contato com a doença, pois a Angola não está entre os países de contaminação. “Naquele momento, eu tive muita tranquilidade em liberá-lo para ir para a casa. Não tinha nada que levasse a constatar uma doença contagiosa. Ele é funcionário de uma empresa multinacional e recebe acompanhamento regular da empresa, realiza exames periódicos. Inclusive foi examinado antes de vir para o Brasil.” O subsecretário de Vigilância em Saúde, Rodrigo Almeida, ressaltou que, apesar de ter sido liberado, o paciente está sendo monitorado em casa. “Foram realizados vários exames que apontaram um quadro de normalidade. Mesmo assim, na manhã de hoje, ele retornou aqui para fazermos novos exames de rotina e averiguar o seu diagnóstico.”

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A subsecretária de Urgência e Emergência, Adriana Fagundes, explicou que o leito foi reservado no João Penido para caso fosse necessário que o paciente ficasse em observação. “Se fosse um caso de ebola, o que não é, o paciente ficaria retido na UPA e a remoção seria feita imediatamente pelo Corpo de Bombeiros. Ele não entraria em nenhuma unidade hospitalar de Juiz de Fora.”

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Ao lado do subsecretário de Vigilância em sáude, Rodrigo Almeida, médico da vigilância em saúde, Marcos Moura, concede entrevista (Foto: Felipe Couri/27-04-15)

Excesso de cautela
O médico epidemiologista Marcos Moura considerou como cautela o protocolo adotado pela UPA Norte. “Naquele momento, pela avaliação e olhar da médica que o examinou, ela avaliou a suspeita de ebola.” Segundo a médica do Departamento de Vigilância Epidemiológica, Sônia Rodrigues, o protocolo adotado foi o correto. “No Protocolo Internacional de Biosegurança, com a suspeita de uma doença contagiosa como o ebola, obrigatoriamente o médico deve tomar as providências de biosegurança, o que foi feito. A unidade ficou interditada até a checagem se procedia a hipótese do diagnóstico. Como não preenchia os critérios de doença causada pelo vírus ebola, a UPA foi liberada.”

A subsecretária de Urgência e Emergência informou que, na manhã desta segunda, foi revisto todo o fluxo de atendimento em casos de suspeita de doença contagiosa nas unidades de urgência e emergência. “Todos receberam o fluxo novamente.”

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