Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Juiz de Fora teve 5.778 nascimentos e 5.140 mortes em 2022. Essa é a primeira queda na taxa de mortalidade desde a pandemia, mas os números seguem acima do nível pré-pandemia. Os dados levantados pelo Registro Civil foram divulgados nesta quarta-feira (27), mostrando, além destas taxas, o número de casamentos e divórcios das cidades do Brasil.
Ao todo, foram mais de 5,5 milhões de registros em todas as categorias, registrando uma queda de 15,8% no número de mortes em comparação com 2021. Os óbitos confirmados totalizaram 1.524.731 em 2022, enquanto no ano anterior houve o registro de 1.786.347, que marcou o pico da pandemia. Antes da Covid-19, os números giravam entre 1,1 milhão e 1,3 milhão. Além disso, foram 2.621.015 nascimentos.
Apesar da diminuição do número de mortes em todas as faixas etárias, com a principal em pessoas entre 45 e 54 anos, os óbitos cresceram entre crianças e adolescentes de até 14 anos.
O IBGE também alertou que em alguns municípios não foi realizado nenhum registro, o que significa que esta confirmação pode ter sido feita em outra cidade. Por exemplo, a documentação de um casamento pode estar oficializada no município de uma das pessoas do casal, mas não da outra.
Casamentos em Juiz de Fora e no Brasil
Em Juiz de Fora, 2.715 casamentos foram sacramentados em 2022, sendo 47 de relacionamentos homoafetivos. Além disso, 1.330 divórcios foram oficializados. O levantamento considera apenas os casamentos civis registrados em cartório, e não as uniões estáveis.
De acordo com a pesquisa, o número de casamentos no Brasil teve aumento em 2022, com um total de 970.041, o que representa um crescimento de 4% em relação a 2021. Além disso, esse ano teve um recorde de casamentos homoafetivos, com 20% de diferença para 2021. Contudo, 420.039 divórcios foram confirmados em 2022, o que também significa um crescimento, neste caso de 8,6% em relação ao total contabilizado no ano anterior (387 mil). Já de 2019 a 2020, primeiro ano da pandemia de Covid-19, houve queda de 26,1% nos matrimônios.
A pesquisa nacional do IBGE revelou que foram 11 mil registros de casamentos homoafetivos em 2022, maior número desde a resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que garantiu o direito à população LGBTQIA+ ao casamento civil em 2013. Ainda conforme os dados, os casais entre mulheres equivalem a 60% do total. Essas uniões representaram 1,1% do total de casamentos registrados em 2022.
As duas cidades com mais casamentos no Brasil estão no Pará: Sapucaia, com 111 casamentos a cada mil habitantes, e Abel Figueiredo, de 71 uniões a cada mil habitantes. Estes são os municípios com a maior taxa de nupcialidade, ou seja, o maior índice de casamentos a cada mil habitantes de 16 anos ou mais, considerada a idade legal para casar.
Já os municípios com maiores taxas de divórcio estão no Paraná: Ivatuba (sete separações a cada mil habitantes) e Iracema do Oeste (seis divórcios a cada mil habitantes).
*Estagiária sob a supervisão do editor Bruno Kaehler