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Greve de servidores da educação completa 20 dias em JF

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Segundo a direção da Escola Estadual Lindolfo Gomes, dois servidores retornaram às atividades nesta segunda-feira (Foto: Leonardo Costa)
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A greve dos trabalhadores da rede estadual de educação completou 20 dias nesta terça-feira (27) e segue sem previsão de término. O movimento reivindica o pagamento do piso salarial, o fim do parcelamento de salários, o cumprimento de acordos assinados com o Governo estadual, além do atendimento de qualidade pelo Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg). Os trabalhadores também defendem que os serviços prestados por auxiliares de serviços da educação básica, categoria que engloba cantineiras e profissionais da limpeza, não sejam terceirizados.

Em decorrência da paralisação das atividades, pais de alunos e estudantes da Escola Estadual Lindolfo Gomes, localizada no Bairro São Benedito, realizaram as tarefas de cozinha e limpeza da instituição durante a semana passada. A informação foi constatada durante visita realizada por representantes do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) Subsede Juiz de Fora.

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“Nós estivemos na escola na quarta (14) e na sexta (16), e vimos que havia uma pessoa que não era do quadro de funcionários preparando a merenda. Também recebemos a informação de que a limpeza estava sendo realizada pelos próprios alunos, mas não chegamos a ver. Nós conversamos com a diretoria, que nos disse que a situação tinha o aval da Superintendência Regional de Ensino (SRE) e da Secretaria de Estado de Educação (SEE)”, disse o diretor do sindicato, Givanildo Guimarães.

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Ele questionou a situação. “Acionamos a superintendência e o Ministério do Trabalho para verificar a legalidade. Nós estamos em greve pedindo melhores condições trabalhistas, e a escola coloca pessoas trabalhando sem direitos trabalhistas, exercendo funções específicas”, afirma. “É lamentável que a secretaria autorize este tipo de ação, pois está jogando contra o direito dos auxiliares de realizarem greve, uma categoria que já trabalha em condições precárias e vem sofrendo ameaças de demissões por conta da proposta de terceirização.”

Procurada pela Tribuna, a SEE não confirmou a situação. Em nota, a assessoria informou que “em função da greve dos auxiliares de educação básica da Escola Estadual Lindolfo Gomes, que são os servidores que realizam os serviços de limpeza da escola e preparação da alimentação escolar, a direção da unidade passou por alguns problemas, na última semana, para a prestação regular desses serviços, situação que já está sendo normalizada desde a segunda-feira (26), com o retorno de, pelo menos, dois desses servidores às atividades”.

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A equipe da Tribuna esteve na escola nesta terça-feira (27) e conversou com os estudantes, que informaram que a comunidade decidiu ajudar na preparação da merenda durante a semana passada. Segundo eles, desde a segunda-feira (26), uma auxiliar retornou às atividades. Já a contribuição dos alunos com as tarefas de limpeza continua e tem sido solicitada pela própria instituição.

Até o momento, as negociações entre os trabalhadores e o Governo estadual não avançaram. Segundo informações do Sind-UTE/MG Subsede Juiz de Fora, a adesão chega a 50% da categoria, que reúne 5.600 professores e cerca de mil auxiliares na cidade e região.

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