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Incêndio consome fábrica de sapatos desativada no Teixeiras

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Fotos: Olavo Prazeres
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Mais de 73 mil litros de água foram utilizados para debelar o incêndio que consumiu, desde a noite de segunda-feira (25), uma antiga fábrica de sapatos no Bairro Teixeiras, na Zona Sul de Juiz de Fora. Cerca de 20 militares foram mobilizados e permaneceram fazendo o rescaldo nesta terça (26) nas dependências do prédio de dois andares, que corre o risco de desabar, na esquina da Avenida Deusdedit Salgado com a Rua Marly Mendes Alves. Além de lançar jatos de água com apoio de caminhões-tanques da Cesama, os bombeiros usaram 80 litros de líquido gerador de espuma (LGE) para apagar as chamas, as quais atingiram até três metros de altura. No fim da manhã, o incêndio havia sido controlado após duas reignições.

Segundo o bombeiro responsável pela ocorrência, tenente Yuri Eder, a suspeita é de que o fogo foi ateado propositalmente, espalhando-se pelos restos de materiais e maquinário que ainda eram armazenados na indústria de calçados desativada há cerca de cinco anos. Segundo ele, a hipótese de incêndio criminoso foi levantada pelo proprietário, o qual relatou a existência de um buraco nos fundos da construção, utilizado para pequenos furtos. Momentos antes do início das chamas, por volta das 21h, uma pessoa não identificada teria sido vista saindo do local.

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Ainda conforme o tenente Yuri, cada andar possui cerca de 70 metros quadrados. O fogo começou no primeiro pavimento e foi controlado por volta das 3h. No entanto, duas horas depois os militares foram novamente acionados porque houve reignição ou outro incêndio na parte superior. “Não sabemos se foi em virtude do próprio material combustível que estava incendiando ou se foi outra pessoa ou a mesma que entrou no prédio novamente e veio a provocar outro incêndio”, disse o bombeiro.

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O forte calor ocasionou a quebra dos vidros de várias janelas, e outros foram danificados pela equipe para ajudar no combate e rescaldo. Parte de uma escada de concreto interna desmoronou parcialmente, e o temor é de que a possível queda da laje interior ocasione o desabamento das paredes, levando a edificação a desmoronar. “Existe o risco de desabamento, uma vez que as lajes internas estão inflamadas”, avaliou o militar. De acordo com ele, apesar de a fábrica estar fechada há cinco anos, o proprietário ainda utilizava o local para guardar materiais como plásticos, papéis e restos de solados de borracha, “produtos altamente combustíveis”.

A Defesa Civil será acionada após o fim dos trabalhos para avaliar os danos estruturais. Não houve feridos, mas um vizinho enfermo foi retirado da residência pelos próprios familiares. “Após o rescaldo, vamos fazer uma nova verificação no interior do prédio para constatar se, de fato, não há ninguém no interior da edificação”, informou o tenente. A esquina foi interditada, e a movimentação de viaturas despertou a curiosidade, principalmente pelo uso de uma escada magirus.

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