O Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (HU-UFJF/Ebserh) divulgou que a taxa de mortalidade da UTI Covid da instituição é de 35%, percentual menor que a média nacional verificada nos hospitais públicos brasileiros, de 50%, segundo a assessoria da unidade. O valor de referência na literatura médica é de 40%, taxa que também está acima da verificada no HU-UFJF.
Para o hospital, o montante de R$ 8,2 milhões investido em obras de readequação, equipamentos, EPIs e insumos e serviços, além da capacitação dos profissionais desde o início da pandemia de Covid-19, há seis meses, foi um dos fatores que colaboraram para que a taxa de mortalidade ficasse abaixo da média em comparação com os outros hospitais. Em março, a direção do hospital criou o Centro de Operações de Emergências (COE), formado por 12 grupos de trabalho.
Além disso, a unidade também foi credenciada como referência em atendimento a casos de Covid-19 no início de março, e montou a Enfermaria Covid, com equipe exclusiva e multiprofissional, contando, inclusive, com a inserção de médicos residentes em regime de plantões. A equipe assistencial foi capacitada para atendimento a pacientes com a doença, totalizando mais de 80 turmas treinadas. No total, 143 pacientes estiveram internados nesta ala até o momento.
Em relação à saúde dos trabalhadores, a unidade informou que oferece atendimento psicológico on-line e presencial, além de atendimento médico a pessoas sintomáticas, com testagem nos casos recomendados, garantindo a segurança e a tranquilidade de todos. Até o momento, foram mais de 300 atendimentos. O teste rápido também foi usado em um inquérito sorológico realizado com mais de 1.300 colaboradores.
O HU ainda destaca que, apesar da suspensão das cirurgias eletivas e redução dos serviços ambulatoriais no início da pandemia, novos fluxos de atendimento foram criados, e casos urgentes continuaram sendo acompanhados. Entre eles, a hemodiálise, o atendimento em ambulatórios que necessitaram de acompanhamento, consultas especializadas e cirurgias de emergência. A UTI não Covid permaneceu com taxa de ocupação máxima na maior parte desse período.
De acordo com o hospital, um planejamento para a retomada segura das atividades tem sido feito, ao passo que outras já estão reintegradas à rotina hospitalar. O Comitê de Retomada das Atividades (CORA) se reúne três vezes na semana para acompanhar as ações, conforme a situação epidemiológica, para que haja uma retomada segura para profissionais, residentes e pacientes.