O Ministério Público investiga irregularidades no controle de frequência dos funcionários do Hospital de Pronto Socorro (HPS). Em vistoria à unidade, o promotor de Defesa da Saúde, Rodrigo Barros, identificou várias falhas. “Verificamos que, como em outras unidades, o ponto biométrico não funciona. Ele deveria ter sido implantado desde 2011 e não foi. Ao avaliarmos as folhas de frequência, vimos que grande parte estava em branco, mostrando que não havia controle e que os funcionários ou não se preocuparam em colocar as informações ou não estavam comparecendo aos plantões. Além disso, alguns pontos já estavam assinados até o final do mês.” A visita foi realizada na última quarta-feira.
A Polícia Civil acompanhou a visita e abriu inquérito para investigar se houve crime de falsidade ideológica e de improbidade administrativa. Conforme o promotor, a Polícia Civil irá ouvir os envolvidos, assim como a promotoria. “Vamos apresentar notificação aos profissionais para se manifestarem. Estamos formulando ainda uma representação formal junto à Promotoria do Patrimônio Público, em função da omissão e negligência, para apurar a responsabilidade da não implantação do sistema biométrico.” A Tribuna entrou em contato com o presidente do Sindicato dos Médicos, Gilson Salomão, que estava em assembleia com a categoria para discutir a situação.
A Secretaria de Saúde informou que está iniciando a instalação de um procedimento de auditoria no HPS para apurar “a situação pontual e tomar as providências cabíveis”. A assessoria da pasta acrescentou ainda que, atualmente, o ponto dos servidores é registrado, submetido e avaliado pela chefia dos setores. “O ponto eletrônico tem sido implantado de forma gradativa em todos os setores da Prefeitura de Juiz de Fora, inclusive nas áreas da Secretaria de Saúde.”