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Chega a 77 número de vítimas de dona de agência de turismo presa por estelionato

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Setenta e sete pessoas já se apresentaram como vítimas no caso de estelionato envolvendo a proprietária de uma agência de turismo de Juiz de Fora, presa preventivamente no último sábado (22) pela Polícia Civil. O número foi divulgado nesta quarta-feira (26). Segundo o delegado responsável pelas investigações, Márcio Savino, os envolvidos ainda estão sendo ouvidos, e o inquérito deverá ser concluído até a próxima segunda. O prejuízo total estimado, principalmente com a compra não concretizada de dólares e euros, já ultrapassa R$ 600 mil.

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Ainda segundo a Polícia Civil, a suspeita de 51 anos foi presa pela equipe da 7ª Delegacia no último sábado, quando chegava à casa de sua mãe no Bairro Marilândia, na Cidade Alta. Contra ela já havia um mandado de prisão preventiva solicitado pelo delegado e expedido pela Justiça. Segundo Savino, a mulher foi encaminhada à Penitenciária Ariosvaldo Campos Pires, onde permanece à disposição da Justiça.

O caso veio à tona depois de uma família fazer um investimento de cerca de R$ 80 mil para a compra de US$ 25 mil e não receber o dinheiro. As pessoas lesadas acionaram as polícias Militar e Civil, resultando em um boletim de ocorrência registrado no dia 16, com 24 vítimas, e na abertura de um inquérito para apurar o crime de estelionato. Os clientes informaram que, desde a descoberta do golpe, a agência Top Tour, onde seriam feitas as transações cambiais, manteve as portas fechadas na Avenida Rio Branco, no Centro.

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O estelionato consistia na venda fictícia de moedas estrangeiras, como euro e dólar. A proprietária da agência recebia primeiro os valores correspondentes à compra em real, mas não fazia a entrega do dinheiro. Segundo a polícia, alguns clientes realizavam depósitos bancários, enquanto outros entregavam o dinheiro em mãos. A suposta estelionatária chegava a combinar uma data para a entrega, mas não cumpria o acordo e daria justificativas diversas. As 24 vítimas que fizeram o primeiro registro policial, com 27 páginas, denunciaram prejuízo em torno de R$ 220 mil. Algumas delas já teriam feito transações anteriores que deram certo, e outras contaram que chegaram à mulher por meio de indicações.

As demais vítimas foram orientadas a procurar diretamente a 7ª Delegacia, em Santa Terezinha, onde o caso é investigado. A Polícia Civil também teria cumprido mandados de busca e apreensão em endereços da suspeita, mas os detalhes do trabalho não estão sendo divulgados para não comprometer as investigações.

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Uma das vítimas entrevistada pela Tribuna, 30, revelou ter sido lesada em R$ 5 mil durante transação cambial para uma viagem em outubro. A agente teria solicitado prazo de duas semanas para entregar as moedas estrangeiras, mas na data marcada teria dito estar passando mal e também teria apontado atraso do malote. No prazo seguinte, a suposta golpista teria alegado o falecimento de seu próprio pai.

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