A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) divulgou, nesta sexta-feira (26), os resultados do Diagnóstico das Condições de Acesso Digital. A pesquisa levantou questões referentes à saúde, ao acesso à internet, equipamentos, tecnologias de acesso remoto, condições socioeconômicas e opinião do público participante. Os dados foram apresentados pela Administração Central ao Conselho Superior (Consu) em reunião, a fim de serem discutidos também pelos conselhos setoriais de Graduação e de Pós-Graduação, posteriormente. A intenção é utilizar essas informações para elaborar estratégias de enfrentamento pedagógico e administrativo durante e após a pandemia da Covid-19, servindo ao debate sobre as possibilidades de implementação ou não de atividades a distância, sem necessariamente adotar aulas on-line.
Das 19.075 tentativas de respostas, 18.613 foram validadas, com a participação de estudantes, docentes e técnico-administrativos em educação (TAEs) dos campi de Juiz de Fora e de Governador Valadares. A pesquisa foi feita entre os dias 28 de maio e 16 de junho.
Acesso a internet
Segundo os resultados, o acesso à internet durante o isolamento social foi confirmado por 97,3% dos estudantes de graduação, 98% da pós-graduação, 99,4% dos docentes e 98,7% dos TAEs. A maioria dos participantes dispõe de banda larga (63,8%) ou banda larga associada a plano de dados (29,5%). A maior parte das pessoas afirmou ter internet banda larga superior a 6 Mbps, ou pacote de internet 3G ou superior. Já 81,2% dos estudantes de graduação acreditam que poderão manter o mesmo acesso à internet nos próximos meses. O número aumenta quando se trata de pós-graduandos (90,1%), docentes (92,4%) e TAEs (90,8%).
Perguntados sobre os equipamento de tecnologia de informação e comunicação que poderiam ser utilizados para atividades relacionadas à UFJF, grande parte do público informou ter acesso a smartphone ou notebook e uma minoria afirmou utilizar computador desktop ou tablet. Quase a totalidade de respostas afirma acessar pelo menos um desses equipamentos.
Grupos de risco
A pesquisa também buscou entender quais as condição de saúde da comunidade acadêmica e quantos, entre eles, pertencem a algum grupo de risco para a Covid-19. A maioria dos estudantes, docentes e TAEs relataram não se enquadrar em qualquer grupo de risco. A maior parte do público também negou apresentar alguma comorbidade diagnosticada, mas dentre os que afirmaram possuí-las, a maioria relatou problemas respiratórios e baixa imunidade. Entre professores e TAEs, a hipertensão arterial também foi colocada como uma das comorbidades mais diagnosticadas.