Segundo a UFJF, a versão preliminar do regimento apresentava “algumas pendências a serem discutidas junto ao movimento estudantil”, mas após o debate com participação de representantes do Diretório Central dos Estudantes (DCE), o atual regimento foi aprovado durante reunião na segunda. De acordo com o documento, o projeto tem como objetivos oferecer condições de moradia aos estudantes em comprovada situação de vulnerabilidade socioeconômica, oriundos de cidades distintas de Juiz de Fora, e contribuir para a permanência desses alunos na universidade, promovendo um ambiente de convivência e estudo. No total, são oferecidas 113 vagas, sendo 82 no bloco A e 31 no bloco B.
Há dois meses, em entrevista à Tribuna, o Pró-reitor de Assistência Estudantil e Educação Inclusiva (Proae) da UFJF, Marcos Freitas, afirmou que a instituição esperava que a moradia fosse ocupada ainda neste semestre, e que as obras encontravam-se em “curso avançado”. Questionada novamente sobre o andamento da obra, a UFJF informou, por meio de sua assessoria, que a moradia está “praticamente pronta, sendo que estão em execução pequenos detalhes de acabamento da obra”.
Trabalho conjunto
O impasse sobre a ocupação da moradia é antigo, e já foi tema de desentendimentos entre outras gestões do DCE e administrações anteriores da universidade. Atualmente, no entanto, conforme o coordenador geral do diretório, Arthur Avelar, o trabalho entre as entidades tem sido feito em conjunto, e a possibilidade de ocupação da moradia já neste semestre é vista pelos estudantes como uma vitória. No início deste mês, representantes do DCE estiveram nos prédios da moradia e constataram a necessidade de pequenas modificações, que já entraram no processo de licitação.
“Acreditamos que a moradia será habitada ainda neste semestre porque a pior parte já passou. A aprovação do regimento foi muito tranquila, pois o documento já tinha sido redigido em conjunto com a comunidade estudantil. O prédio já foi repintado, alguns retoques foram feitos e os móveis já estão sendo colocados. Como os prédios não serão ocupados inicialmente em sua totalidade, visto que isso poderia prejudicar os alunos que ainda vão ingressar na universidade, a ocupação não será comprometida com a finalização da obra.”
Ainda segundo Arthur, o DCE entende que a universidade precisa garantir a permanência dos alunos. Para aqueles que não conseguirem habitar a moradia estudantil, a UFJF deve continuar oferecendo um auxílio-moradia. “Como a quantidade de vagas na moradia não corresponde à totalidade de alunos com condições socioeconômicas vulneráveis, o auxílio-moradia continuará sendo oferecido para aqueles que não participarem da moradia estudantil”, afirma. O recurso é disponibilizado pela Proae para alunos que são oriundos de outros municípios e que se encaixam em critérios de vulnerabilidade analisados por meio de uma avaliação socioeconômica.