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Grupo no Facebook busca apoio para castração

katia franco que criou o grupo castracao como um ato de amor mantem mais de 30 gatos em casa felipecouri08 03 15

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Kátia Franco, que criou o grupo
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Kátia Franco, que criou o grupo “Castração como um ato de amor”, mantem mais de 30 gatos em casa (FelipeCouri/08-03-15)

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A dedicação de boa parte do tempo ao cuidado e à castração voluntária de felinos faz parte da rotina da juiz-forana Kátia Franco. Com mais de 30 gatos em seu apartamento, ela decidiu criar o grupo “Castração como um ato de amor” no Facebook, onde já conseguiu reunir 400 participantes que compartilham com ela a preocupação pelo controle da reprodução e o consequente abandono dos animais. Assim, cada um doa, no mínimo, R$ 10 ao mês para que a protetora consiga realizar a castração.

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Para desenvolver o trabalho, a protetora vai até a casa da pessoa, retira o animal e o devolve assim que o procedimento é realizado. “Chamei alguns amigos na rede social, fiz uma carta dizendo que eu tinha a intenção de criar um grupo de mensalistas para castrar os gatos. Existem diversas ações de castração de cachorros, mas quase nenhuma de felinos. Resolvemos, então, criar o grupo, e os participantes foram adicionando outras pessoas. Ainda é pequeno, mas tenho fé que possa virar um programa maior”, acredita.

A disposição para a proteção de animais surgiu quando Kátia foi até o Canil Municipal para resgatar um dos cães abrigados no espaço. “Eu não tinha muita proximidade com animais, tive um gato uma vez e acabei devolvendo por falta de experiência. Depois resolvi resgatar um dos cães do canil e voltei de lá com três cachorros e um gato”, conta. Já fui até a casa de uma moradora de Benfica que criava cerca de 40 gatos em uma pequena gaiola. “Fiz amizade com duas outras protetoras nesse dia. Era uma pena ver tantos animais acumulados naquela condição e acabei trazendo uma comigo”, relata.

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Kátia conta ainda que já chegou à casa de uma moradora da Avenida Itamar Franco, que criava mais de cem gatos em sua residência. “Fui informada por uma amiga que havia lá uma grande quantidade. Para ajudá-la a castrar, criei um grupo no Facebook chamado Socorro Felino. A partir desta página, conseguimos castrar 130 gatos. Foi um sucesso. Resolvi então criar o outro grupo que me ajudaria na esterilização de novos animais, de famílias mais carentes”, esclarece.

A protetora explica as razões que levam ao descontrole da reprodução. “O gato tem hábitos noturnos. A gata fica prenha mesmo amamentando, elas entram no cio com mais facilidade, praticamente de três em três meses. São também muito estimuladas pelos machos, por isso, ainda com filhotes, são capazes de se reproduzir. Alguns donos são chamados de acumuladores, e Juiz de Fora possui muitos deles”, explica.

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Estímulo à adoção responsável

Além do grupo de doadores, a protetora Kátia Franco conta também com a ajuda de especialistas que contribuem no projeto. “Eu recebo a ajuda de veterinários, são pessoas que praticamente me cobram o preço de custo, fazem caridade e entendem o meu trabalho. Essa cirurgia é cara. Se não fosse isso, não teria condição de ajudar nessas proporções”, observa.

Kátia também procura pessoas que estejam dispostas a dar um lar a um dos animais castrados. “A adoção responsável é um meio de as pessoas ajudarem. Levar um gato já castrado, proporcionar um lar, assinando um termo de responsabilidade. Algumas pessoas não conseguem se adaptar e acabam abandonando. Às vezes, volto à casa da pessoa, e ela me devolve o animal, porque é muito triste vê-lo jogado ou sofrendo em algum lugar”, completa.

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