A maioria dos pais que tem filhos utilizando veículos de transporte escolar da cidade já pode acompanhar pelos seus smartphones a rota realizada pelo motorista que está conduzindo os estudantes. A Lei 13.440/2016 que obriga todos os veículos desta categoria a trafegarem com aparelho de GPS está valendo desde agosto do ano passado e foi alvo de vistoria para liberação do alvará este mês. Do total de 307 vans cadastradas, 273 foram regularizadas e 34 estão pendentes ou não compareceram à verificação. O acompanhamento do trajeto também poderá ser alvo de controle do pelo poder público.
De acordo com a Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra) os prestadores do serviço podem escolher entre uma das três plataformas disponíveis para acessar os dados da viagem. Um dos sistemas é o TrackSchool, desenvolvido no Centro Regional de Inovação e Transferência de Tecnologia (Critt-Ufjf). Ele utiliza radiofrequência para emitir a localização do celular dos pais. O aluno recebe um cartão que funciona como uma chave, que ativa a comunicação entre o aparelho e o celular do cadastrado. Uma vez que o aplicativo é acionado, o pai ou a mãe começam a receber as atualizações sobre o trajeto do filho. “É algo novo, a maioria dos pais ainda não conhecem a tecnologia ainda, e poucos têm usado”, explica o presidente do Sindicato dos Transportadores Escolares de Juiz de Fora Região (Sintejur), Murilo Giotti. Ele afirma que a maioria dos trabalhadores cadastrados no sindicato possui o GPS.
“Não temos problemas com acidentes e não desenvolvemos velocidades altas. Estamos nos adequando à lei. Na maioria das grandes cidades, acontecem muitos assaltos, enchentes e constante atraso nas rotas. Em Juiz de Fora é diferente, temos poucas ocorrências desses eventos. Aqui, a maioria do condutores é conhecida, trabalha na região em que reside.” Giotti observa que o aplicativo ajuda a evitar interrupções. “Alguns pais preocupados com atrasos, ou mais ansiosos, costumam ligar. Precisamos parar para atendê-los, porque não podemos usar o telefone na direção. O aplicativo resolve esses problemas. Quando o pai acompanha o deslocamento pelo celular, em tempo real, não precisa ligar.”
Ainda de acordo com a Settra, os condutores que não apresentarem o Cartão de Identificação Veicular (CIV), não estejam com o alvará renovado, ou descumpram o prazo determinado para vistoria podem ser autuados em R$ 63,94. Caso sejam flagrados trabalhando sem a renovação, podem ser autuados como transporte irregular de passageiros, o que gera multa de R$ 3.200, com a apreensão do veículo e extinção da permissão. Em caso de reincidência a multa é dobrada.