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Católicos celebram a Quarta-feira de Cinzas em JF

missa cinzas 3 by barbara riolino
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Milhares de pessoas compareceram às igrejas nesta Quarta-feira de Cinzas (26) para celebrar a data, que, para os católicos, marca o início da Quaresma. O momento tem como rito a imposição das cinzas sobre o rosto, que simboliza o arrependimento dos pecados e, também, lembra a efemeridade da vida. O ato ainda convida os cristãos à reflexão e ao recolhimento para viver os mistérios da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo na Semana Santa.

Católicos participam da celebração da Quarta-feira de Cinzas na Catedral Metropolitana (Foto: Bárbara Riolino)

Pela manhã, a celebração na Catedral Metropolitana atraiu muitos fiéis, inclusive pessoas que vieram de outras cidades, como é o caso da enfermeira Patrícia Nogueira, 42 anos. Ela e a família moram no Rio de Janeiro e escolheram Juiz de Fora para descansar durante o carnaval. Católicos praticantes, participaram da celebração. “Mesmo fora da nossa cidade, viemos cumprir o preceito cristão que é participar da santa missa. A Quarta-feira de Cinzas nos leva a um momento de conversão, oração, penitência e esmola, ou seja, um convite do Senhor para lembrar que somos finitos e que temos de estar junto dEle”.

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Como faz em todos os anos, o motorista de ônibus Daniel da Silva, 39, esteve na Catedral para reforçar a sua fé. “Esse momento demonstra a nossa pequenez, ou seja, do pó viemos e ao pó retornaremos. Neste período, costumo fazer o jejum, não comendo carne vermelha, e me dedicando e exercitando o bem”.

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À tarde, outras duas missas estão marcadas para serem celebradas na Catedral: às 15h e às 19h, sendo esta última presidida pelo arcebispo metropolitano Dom Gil Antônio Moreira, que fará a abertura oficial da Campanha da Fraternidade 2020, que tem como tema “Fraternidade e Vida: dom e compromisso”, e o lema “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele”. Confira os horários das missas em outras paróquias. 

Olhar o próximo com amor

O jejum de carne vermelha é a grande tradição que marca o período da Quaresma. No entanto, para o vigário paroquial da Catedral Metropolitana, padre Antônio Pereira Gaio, as pessoas devem escolher outros tipos de jejuns, sobretudo aqueles relacionados a gestos e atitudes. “O pecado mais fácil que temos hoje é a língua. Falamos, criticamos e julgamos os outros, por isso, podemos escolher o silêncio como jejum. Rever essas nossas atitudes pode nos mostrar como podemos estar mais próximos de Jesus”, ressalta.

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O padre ainda lembra que a Quaresma é um tempo de oração, e não de superstição ou de pensar em coisas sem importância. “A Quaresma nos prepara para a Páscoa do Senhor. Além do jejum, é uma oportunidade para a oração e a esmola. Esmola não é dar dinheiro, mas fazer o bem, colocando em prática o lema da Campanha da Fraternidade deste ano, por exemplo. Olhar para o próximo sempre com amor, assim como Jesus pregava: ‘amai-vos uns aos outros como eu vos amei’. Ajudar o nosso irmão revigora a nossa fé e nos faz crescer diante de Deus”.

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