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Policial rodoviário suspeito de matar colega está preso no 2º Batalhão

prf by fernando priamo
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Um policial rodoviário federal é suspeito de matar a tiros o colega de trabalho Cristiano Scapin Teixeira, 43 anos, no início da noite de domingo (24), dentro do posto operacional da BR-040, situado no km 767 da BR-040, em Dias Tavares, Zona Norte de Juiz de Fora. O nome do envolvido não foi divulgado. A PRF também não informou a motivação do crime, que teria acontecido durante uma discussão. Segundo a assessoria de comunicação da Superintendência Regional da Polícia Federal em Minas Gerais, a PF recebeu oficialmente o caso e autuou o suspeito em flagrante delito por homicídio, com base no artigo 121 do Código Penal. A PF também instaurou inquérito policial para apurar os fatos. Por se tratar de policial, o preso foi encaminhado para o 2º Batalhão da Polícia Militar, em Santa Terezinha, Zona Nordeste, onde permanecerá acautelado à disposição da Justiça Federal. O velório de Scapin começou ao meio-dia desta segunda-feira na capela 2 do Parque da Saudade, e o sepultamento está marcado para as 17h no mesmo cemitério.

De acordo com nota do Núcleo de Comunicação Social (Nucom) da PRF, após os disparos foram acionados o pronto atendimento do Samu e a equipe de resgate da concessionária Via 040, mas a vítima não resistiu aos ferimentos. Também foram mobilizados a PF e todas as áreas da PRF, responsáveis pelos desdobramentos internos. “É com pesar que informamos o falecimento do nosso colega, na tarde deste domingo. A morte aconteceu na Unidade Operacional de Juiz de Fora, e o responsável pelos disparos foi identificado como sendo outro PRF, lotado na mesma delegacia.” Ainda conforme a instituição, após o crime, o autor dos tiros foi encaminhado, pela própria PRF, à Delegacia de Polícia Federal, responsável pelas investigações e localizada no Bairro Manoel Honório, Zona Leste.

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A assessoria do Samu confirmou o acionamento às 18h21 de domingo para atender a homicídio no posto da PRF, constatando o óbito da vítima de 43 anos no local, às 18h50, por disparo na cabeça.

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“Reflexo de legítima defesa”

Segundo informações do boletim de ocorrência, registrado com horário de 18h15 de domingo pela PRF, Scapin estava de plantão junto com outros dois policiais, incluindo uma mulher. O suspeito de atirar relatou ter ido até o posto para aguardar outro colega, que viajava de Contagem (MG) para o Rio de Janeiro. Eles seguiriam juntos para o encontro de chefes de delegacia, previsto para acontecer a partir desta segunda-feira (25) na capital fluminense. Ao chegar na unidade operacional, o policial viu as luzes internas apagadas e disse ter achado não haver ninguém. Mesmo assim, bateu à porta e foi atendido por Scapin, que teria lhe perguntado em tom agressivo: “Que você está fazendo aqui?”.

Após ser informado que iria encontrar-se com um inspetor vindo de BH, Scapin teria permanecido parado obstruindo a entrada, inclusive após pedido de licença, mas acabou permitindo que o policial entrasse. Ainda conforme as declarações do homem preso em flagrante, ele pediu para usar o computador a fim de fechar sua parte do plantão do dia anterior, e o colega teria dito, de forma ríspida, “que era bom pedir mesmo pois ele era chefe da equipe”. Os ânimos teriam ficado ainda mais exaltados após o policial rodoviário, que estava fora de seu horário de serviço, dizer que iria acender a luz interna. Segundo ele, a vítima teria gritado para ele não acender por se tratar de posto de polícia, alegando que os usuários não poderiam ver lá dentro.

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Antes de atirar, o profissional teria pedido calma a Scapin, que teria falado mais uma frase hostil e levado bruscamente a mão à cintura, “num movimento típico de saque de arma”. O policial preso afirmou ter agido “em reflexo de legítima defesa”, sacando sua pistola e efetuando dois disparos contra o colega. Ninguém teria presenciado a discussão que terminou de forma trágica, mas, instantes após os tiros, a mulher e o homem de plantão bateram à porta dos fundos. O suspeito recebeu os colegas e, ao ser questionado, respondeu “que era preciso acionar o serviço médico, pois havia agido em legítima defesa”. Os dois policiais teriam ficado desesperados com a situação.

Em seguida, o autor dos disparos entregou sua arma e teria insistido para que acionassem o resgate, enquanto ele mesmo comunicaria o fato à chefia e se apresentaria às autoridades. Na sequência, outros dois PRFs compareceram ao posto, inclusive aquele que seguia de Contagem para o Rio. O policial solicitou a eles ser encaminhado para a Polícia Federal, reforçando que se apresentaria espontaneamente.

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As quatro pistolas Glock calibre 9mm, pertencentes ao suspeito, à vítima e aos dois policiais de plantão no dia, foram apreendidas pela PF. A instituição também realizou perícia na unidade operacional onde aconteceu o crime.

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