Professores da UFJF e do IF Sudeste MG entraram em greve nesta sexta (25) contra a PEC 55, que estabelece o teto para os gastos do Governo federal, e contra a MP 746, que propõe a reforma do ensino médio. A mobilização teve início pela manhã com um ato unificado entre trabalhadores e estudantes, com passeata pelas ruas de Juiz de Fora. À tarde, o comando de greve local foi instalado pela Associação de Docentes de Ensino Superior (Apes-JF). De acordo com o sindicato nacional da categoria, são 39 instituições paralisadas em todo o país. Com o movimento, as aulas deverão ser paralisadas, com impacto ainda nas atividades de pesquisa e extensão.
A aprovação da greve ocorreu na última segunda (21), quando os docentes votaram pela paralisação em assembleia. O presidente da Apes, Rubens Luiz Rodrigues, afirma que a mobilização deve ganhar força, embora ainda não haja um levantamento do quantitativo de professores paralisados. “Vamos traçar diretrizes de convencimento para aqueles que não pararam. A greve se situa num quadro de uma contraposição nacional às medidas que o governo está tomando. Isso limita os investimentos, prejudica o atendimento público de qualidade na saúde e na educação por 20 anos, além de um desmonte do ensino médio”, afirma.
Em nota, a UFJF afirma respeitar os movimentos dos trabalhadores e dos alunos contra a PEC. Em relação à suspensão do calendário acadêmico, afirma que o movimento está começando e, de acordo com o andamento, isso poderá ser discutido nos fóruns próprios. Sobre a paralisação das coordenações de cursos e direções, a universidade afirma que seguirão desempenhando normalmente os trabalhos. Diante da mobilização da ocupação da Reitoria pelos alunos e também da greve dos técnicos-administrativos desde outubro, a UFJF afirma que o funcionamento administrativo está organizado para responder às necessidades apresentadas.